O presidente da Fifa, Joseph Blatter, partiu para o contra-ataque diante dos protestos realizados no Brasil durante a Copa das Confederações. Segundo ele, a entidade não tem qualquer relação com as manifestações que ganharam as ruas nos últimos dias e insiste que o problema é do país. "São problemas sociais internos do Brasil, não do futebol", disse o dirigente suíço.
O cartola desembarcou no Rio nesta quarta-feira (26), depois de ficar sete dias fora do Brasil. Blatter estará no jogo entre Brasil e Uruguai, a partir das 16 horas, em Belo Horizonte. Mas, num amplo esquema de segurança, preferiu permanecer até pouco depois das 13 horas em seu hotel em Copacabana.
Ao deixar o hotel em direção ao aeroporto, onde embarca em um avião privado, Blatter foi categórico: "Me sinto muito seguro". "O futebol só traz alegria, nunca é o alvo", insistiu o presidente da Fifa Blatter, em rápida entrevista. "O futebol traz a alegria não apenas ao Brasil, mas ao mundo."
Blatter e todos os funcionários da Fifa têm adotado o discurso de se distanciar dos problemas e das críticas das ruas, ainda que na prática muitos dos protestos tenham a própria entidade e a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014 como alvo dos ataques.Segurança
Apesar de garantir que não tem problemas com sua segurança, Blatter foi nesta quarta-feira ao jogo no Mineirão em um verdadeiro esquema de guerra. Para sair do hotel, seu cortejo contou com seis carros, todos blindados. Além disso, quatro motos da polícia escoltaram a delegação do presidente da Fifa até o aeroporto, onde embarcaria em um avião privado.
Quando a comitiva saiu do hotel e pegou a Avenida Atlântica, a polícia fechou semáforos e a própria rua por alguns instantes. Num dos cruzamentos, um motorista retirou seu capacete e aplaudiu o cortejo de forma irônica.
Depois do jogo em Belo Horizonte, o dirigente volta diretamente ao Rio. Nesta quinta-feira, ele fará o mesmo esquema para acompanhar a outra semifinal da Copa das Confederações, entre Espanha e Itália, em Fortaleza.
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