Outros candidatos
Apesar de ainda não confirmar, o atual presidente Aurival Correia deverá concorrer à reeleição em novembro. Gozando de muito prestígio entre sócios em conselheiros, afinal foi um dos responsáveis por "ajeitar" as contas do clube, justamente na gestão do agora opositor professor Miranda, ele ainda prefere não comentar o assunto oficialmente.
Segundo a assessoria de imprensa do clube, a presidência só irá se pronunciar sobre as eleições no final do ano. Por enquanto o foco é a disputa do Brasileirão e a tentativa de alcançar o degrau mais alto possível da competição, que pela atual situação do time, seria a vaga na elite do futebol brasileiro. A missão é complicada, mas ainda é possível de ser vencida.
Miranda acha saudável a chegada de mais candidatos. "Eu acredito que há outros interessados nessa disputa e é bom que surjam outros candidatos. O importante é sempre o Paraná. Tricolor acima de tudo. Caso seu seja realmente o candidato e perca a disputa, na mesma hora vou cumprimentar o vencedor e me oferecer para ajudar".
Foi anunciada neste fim de semana a criação de uma chapa alternativa para concorrer às eleições do próximo dia 11 de novembro no Paraná Clube. O grupo, encabeçado pelo ex-presidente José Carlos de Miranda, pelo ex-vice José Domingos e pelo também ex-membro da diretoria paranista, Daor de Oliveira, se apresentou como alternativa, não oposição, a atual diretoria que tem Aurival Correia como presidente.
A decisão foi tomada após uma reunião que contou com a participação de vários conselheiros com poder de voto ao clube. "Como dizem os políticos, o povo pediu e eu voltei. Quando me convidaram, falei que só participaria se tivesse o apoio de bastante gente. No primeiro encontro foram 36 conselheiros, que já convocaram um próximo encontro, no qual esperamos ainda mais gente participando", explicou, à Gazeta do Povo.
Apesar de relutar em assumir a condição de candidato a presidência, Miranda é o único do grupo a ter a experiência que o cargo exige. José Domingos retornaria ao posto de vice-presidente de futebol, função que já exerceu no clube, enquanto Daor de Oliveira ficaria responsável pela parte social do clube. Aliás, essa é uma das propostas do grupo que se intitula "Paraná Forte". "Vamos promover uma independência administrativa da parte social. Futebol e social, senão no papel, na prática vão existir de maneira separada", disse Miranda.
Miranda apresenta como cartão de visitas ao sócio torcedor o trabalho que já fez à frente do time. "Nós prometemos muito trabalho, discernimento, e toda a experiência que nós temos. Iremos estudar o que foi feito de errado nos quatro anos da nossa gestão, além de aprimorar o que foi feito de correto. Para trabalhar no futebol tem que ter conhecimento de bastidores e jogo de cintura".
Para ele, o trabalho feito em sua gestão merece a confiança dos torcedores. "Quando entramos, em 2004, não havia jogadores do Paraná nem para um treino. Tínhamos uns oito juniores só. Conseguimos recuperar tudo isso, com a ajuda de muita gente boa. Apresentamos hoje o nosso trabalho e a nossa capacidade, que o torcedor já conhece. Naquela época também estávamos desacreditados. Deixei o time com um título Paranaense e uma disputa de Libertadores", gaba-se.
Relação com empresários
Quando era presidente, Miranda acabou se envolvendo em uma polêmica envolvendo empresários de futebol. Na época, ele foi acusado de receber dinheiro para facilitar a negociação de alguns jogadores e acabou suspenso por um ano do quadro associativo. Uma das propostas do candidato é ter uma administração independente, sem a interferência direta de empresários na escalação de determinados jogadores.
"Teremos um futebol independente, obviamente contando com a ajuda dos empresários, mas sem interferência direta de escalar ou impor a presença de jogadores. Não há, hoje, com a Lei Pelé, como não trabalhar com empresários. Seria utópico e até mentira defender essa tese. Vamos tomar os cuidados necessários para que não haja interferências", explicou.
Perguntado se ele acredita que há interferência na atual gestão, Miranda não se acanhou. "Pelo que ouço nos bastidores, hoje há essa interferência. Alias, no final da nossa gestão, quando passamos o futebol para o atual grupo, esse era um dos motivos. A administração do futebol tem que ser nossa, do Paraná. Independente. Não podemos por o nosso futebol nas mãos de uma pessoa, como fizeram com o Comelli (Paulo Comelli, treinador do início da temporada), por exemplo".
Sobre o contrato que o clube mantém com a empresa B.A.S.E, que administra as categorias de base e tem o direito sobre 50% dos direitos econômicos dos jogadores negociados, Miranda afirmou que pretende manter o acordo. "As conversas começaram na nossa gestão e votamos a favor dessa parceria. Ela vai continuar".
Patrimônio Tricolor
Mais duas das propostas do grupo é resgatar o patrimônio do Paraná. "Vamos resolver definitivamente a questão da Vila Capanema. Já havíamos conseguido a cessão do estádio para o clube e não sei por que ainda não deu certo. Vamos resolver definitivamente esta questão". "Como foi nosso lema anteriormente, vamos trazer o Paraná para casa".
Sobre a Vila Olímpica, Miranda lamentou o abandono do local. "Depois da saída das categorias de base para Quatro Barras, o time profissional deveria estar treinando no local. Vamos revitalizar o Erton Coelho de Queiróz para pararmos de pagar o aluguel que pagamos hoje em dia". O Paraná, atualmente, manda seus treinos na Chácara do Geraldo, um centro de treinamentos particular.
E ai torcedor. O que você acha da volta do professor Miranda? Gostaria de vê-lo de volta ao comando do Paraná? Dê a sua opinião.
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