Promessa atleticana acha que se livrou da fogueira

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O primeiro gol como profissional no Atlético já seria suficiente para animar o jovem atacante Patrick. Mais ainda por ele ter previsto o lance antes da partida com o Bota­fogo. Agora, sob o apoio do técnico Antônio Lopes, a aposta que quase se desfez antes da hora torce por novas chances.

Preste a completar 19 anos no próximo dia 23, Patrick despontou na inédita campanha vice-campeã na Copa São Paulo de Juniores, no início do ano. Marcou quatro gols, inclusive o da final contra o Corinthians, na derrota por 2 a 1.

Logo ganhou o rótulo de promessa e assumiu o peso de nova revelação no clube (na verdade, foi formado no PSTC, de Londrina). "Fui entrando no time mas não estávamos ganhando. Quando aparece um novo jogador, cria-se muita expectativa. E se você não corresponde, acaba se queimando e estava acontecendo isso", reconheceu o jogador.

Tendo de atuar na movimentação e articulação de jogadas sob o comando de Geninho e de Walde­mar Lemos, foi apenas com o Dele­gado que sua melhor característica foi explorada.

"Todo o time precisa de um jogador referência, que saiba jogar de costas para a zaga e que proteja bem a bola. O Wallyson é mais um segundo atacante, já o Patrick sabe jogar melhor de costas, por isso a opção (contra o Botafogo)", explicou Lopes, com a tradição de apostar nos pratas da casa.

"Ele me deu confiança e tranquilidade. Disse para eu fazer o que ele mandou no jogo que ia dar certo e deu", contou.

Patrick tinha certeza disso. Antes da partida, na tradicional oração comandada por Mar­­cinho, o jogador pressentiu que marcaria um gol. "Foi tão forte que cheguei a chorar. Eu comecei a orar e passou um filme na minha cabeça. Só achei que seria um gol de rebote e foi um desvio após a bola cabeceada por Manoel", relembrou.

O gol compensou uma atuação apagada do atleta no Engenhão, mas teve reflexo fundamental na trajetória de recuperação da equipe. "Estava me faltando esse gol como profissional e me deu mais tranquilidade. Para o Atlético foi importante porque o grupo se uniu muito para traçar o objetivo de 11 vitórias. Conse­­gui­mos três e agora só faltam oito", comemorou.

Mesmo com o bom momento, Patrick sabe que terá forte concorrência. Recuperado de uma contratura muscular na coxa direita, Alex Mineiro foi liberado ontem pelo departamento médico para iniciar os trabalhos físicos e talvez seja uma opção contra o Barueri, domingo, na Arena. "Eu ainda tenho muito a aprender. Nos juniores o que vale é a vontade, a força e aqui é a técnica. Espero manter o meu trabalho, ajudar, fazer gols e se o técnico es­­calar ou não Alex vou estar pre­­parado", prometeu.