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Com Atlético e Cruzeiro em campo, não será nada espantoso um placar de 3 a 2, 4 a 1, 2 a 2 ou até o exótico 5 a 4 do ano passado. Pelo menos é isso o que sugere a altíssima média de gols dos últimos dez confrontos entre paranaenses e mineiros: 4,5 por partida (25 marcados pela Raposa e 20 pelo Furacão).

As duas equipes, que voltam a se enfrentar hoje, às 16 horas, na Arena, não protagonizam um 0 a 0 há 19 partidas. O último foi em 1999 – devidamente compensado com o 3 a 3 do encontro seguinte. De lá para cá, apenas quatro vezes fizeram menos de três gols. Uma delas o 1 a 1 do primeiro turno, em Belo Horizonte. No geral, a média do duelo é de 3,26.

Também contribui para a expectativa de muitas bolas na rede o elevado número de gols feitos e sofridos pelo Rubro-Negro no Brasileiro. O time já marcou 38 vezes, o que lhe dá o posto de sétimo melhor ataque, apesar de estar na 13.ª posição. É mais do que o quarto colocado Internacional, que fez 36.

Em compensação, o Rubro-Negro já foi vazado 40 vezes e coincidentemente tem a sexta pior defesa. Tomou mais gols até do que o Corinthians (35), primeiro acima da zona de rebaixamento, e o vice-lanterna São Caetano (37).

Corrigir as falhas de marcação responsáveis pela derrota por 3 a 2 para o Juventude é a esperança do técnico Vadão para melhorar os números da defesa e, mantendo a produção ofensiva, vencer o Cruzeiro. Ele terá de fazer uma mudança no setor de marcação: Erandir, suspenso, será substituído por Alan Bahia, mesma alteração feita no intervalo da última partida e que não deu certo.

Confiando no retorno do ex-capitão, o treinador e os jogadores pouco ligam se o futebol de resultado garantir uma vitória de 1 a 0 e diminuir a média do confronto. "Nossos melhores jogos aconteceram quando marcamos forte e não demos espaço nenhum aos adversários", afirma o volante Cristian.

Quem mais tem sofrido com o alto número de gols feitos e sofridos é o goleiro Cléber, muito exigido tanto nas derrotas quanto nas vitórias. Mesmo que isso signifique mais trabalho, ele defende que o time não confunda a aposta na marcação com futebol defensivo – como no empate por 0 a 0 com o São Paulo na semana passada. "Temos de marcar forte, mas nunca esquecer de atacar. Jogamos em casa e temos a responsabilidade de vencer", afirma.

No ataque, Denis Marques volta no lugar de Paulo Rink. E a torcida espera que, sem desperdiçar tantas oportunidades como nas últimas partidas, contribua para aumentar o aproveitamento ofensivo. Apesar de que, não importa se com o 1 a 0 típico do futebol de resultado ou o 5 a 4 do ano passado, o que importa para o Furacão é vencer hoje e voltar a sonhar com a briga pela vaga na Libertadores.

- Na TV: Atlético x Cruzeiro, às 16 horas, no Premiere F.C.

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Em CuritibaAtlético x Cruzeiro

AtléticoCléber; Jancarlos, Danilo, João Leonardo e Michel; Marcelo Silva, Alan Bahia, Cristian e Ferreira; Marcos Aurélio e Denis Marques. Técnico: Vadão.

CruzeiroFábio; Gabriel, André Luis, Gladstone e Leandro; Fábio Santos, Élson (Teco), Martinez e Wagner; Élber e Ferreira. Técnico: Oswaldo de Oliveira.

Estádio: Arena. Horário: 16 horas. Árbitro: Paulo César Oliveira (Fifa-SP). Auxiliares: Válter José dos Reis (Fifa-SP) e Emerson Augusto de Carvalho (SP).

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