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Falcão (à esq.), artilheiro do Brasil no Mundial, alonga durante treinamento na praia. | Alexandre Cassiano/Agência Globo
Falcão (à esq.), artilheiro do Brasil no Mundial, alonga durante treinamento na praia.| Foto: Alexandre Cassiano/Agência Globo

Europeus revivem final de 2004

Quatro anos depois de terem decidido o título mundial de futsal em Taiwan, Espanha e Itália se reencontram na semifinal do campeonato realizado no Brasil. Dessa vez, espanhóis e italianos duelam, hoje, a partir das 12h30, no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio, para ver quem disputará a final.

Em Taiwan, a Espanha levou a melhor na decisão contra a Itália e venceu por 2 a 1, conquistando o bicampeonato mundial na ocasião. No ano passado, os dois países voltaram a decidir um título, no Campeonato Europeu de Futsal, e os espanhóis ganharam novamente, com 3 a 1 sobre os italianos.

Agora, a Itália, cuja seleção conta com 14 jogadores brasileiros naturalizados italianos, promete dar o troco na Espanha, que tem outros três brasileiros em seu grupo na disputa desta edição do Mundial de Futsal.

"Quem errar menos conseguirá a vaga na final", prevê Fernandão, pivô brasileiro naturalizado espanhol.

A Rússia tem o melhor ataque do Mundial de Futsal, com 59 gols, um a mais do que o Brasil. Os dois países também possuem os cinco principais artilheiros da competição: os russos contam com Pula (15 gols) e Shayakhmetov (9), enquanto os brasileiros têm Falcão (14), Lenísio (11) e Schumacher (9). Por isso tudo, as redes devem balançar bastante hoje, quando essas seleções se enfrentam nas semifinais, a partir das 10h30, no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio.

Na primeira fase do Mundial, em jogo realizado no último sábado, em Brasília, o Brasil conseguiu uma surpreendente goleada por 7 a 0 sobre a Rússia. Mas os dois lados avisam que a história agora é diferente: está em disputa uma vaga na grande final de domingo, o que promete provocar um confronto mais nervoso e equilibrado.

"Aquele resultado não é referência nenhuma para o futuro da competição", afirmou o técnico do Brasil, PC de Oliveira. "Não digo que agora vamos mordidos, mas não vamos cometer os mesmos erros", avisou Pula, o brasileiro naturalizado que é destaque da seleção russa.

O auxiliar técnico da seleção russa, Vladimir Levin, concorda com Pula. "Tiramos uma boa lição de quando perdemos por 7 a 0", contou ele. "Depois daquela partida, analisamos nossa atuação e decidimos que a primeira coisa que deveríamos fazer é nos concentrar na nossa defesa."

Em um jogo com dois ataques tão poderosos, um bom trabalho defensivo pode fazer a diferença. E PC de Oliveira espera que, neste ponto, o Brasil acabe tirando vantagem. Afinal, sofreu apenas quatro gols no campeonato, contra os 26 levados pela Rússia. "Nossa equipe está muito agressiva na defesa", avaliou o técnico brasileiro. "Este é o nosso ponto forte na competição."

Brasil e Rússia terão ausências importantes, ambos na posição do pivô, aquele que fica mais perto do gol adversário.

Sirilo, brasileiro naturalizado russo, está fora por lesão desde o primeiro jogo da segunda fase e não atua mais neste Mundial. E, do lado do Brasil, Betão recebeu ontem uma suspensão de dois jogos por conta da briga em que se envolveu na partida contra a Itália, no último domingo.

Na TV

Brasil x Rússia, às 10h30, na RPC TV, Band e SporTV.

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