Assista à reportagem em vídeo| Foto: TV Globo

Ainda faltam sete anos para a Copa de 2014, mas a candidatura única do Brasil para ser sede do maior evento futebolístico do planeta já anda mexendo com os brios de muita gente, sobretudo autoridades, dirigentes e torcedores de vários clubes. Por seu clima, estrutura e representatividade no futebol nacional, Curitiba surge como forte candidata a uma das vagas de cidade-sede do Mundial. À parte das disputas regionais para a escolha do estádio que eventualmente terá a honra de abrigar jogos em território paranaense, a Gazeta do Povo solicitou a colaboração (gratuita) de três agências de comunicação dispostas a se engajar na campanha pró-Curitiba. Cada uma produziu um anúncio "vendendo" a candidatura curitibana. Como resultado, três campanhas com diferentes abordagens, mas com um objetivo em comum: a Copa em Curitiba.

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Master Comunicação

A rivalidade bem-humorada entre os três times da capital paranaense inspirou a campanha da Master Comunicação, que mostra alviverdes, tricolores e rubro-negros unidos em torno de um ideal maior – a luta para trazer a Copa a Curitiba. Contudo, nem essa mobilização parece ser capaz de fazê-los perder a oportunidade de sacanear o adversário. "Esse caso foi interessante por duas razões. Primeiro porque achamos a causa muito justa, o que nos motivou ainda mais, e segundo porque não havia nenhum briefing apontando um caminho, o que favoreceu a criatividade", explicou Luciano Toaldo, um dos diretores de criação da Master.

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Segundo Toaldo, a idéia inicial era fazer um anúncio focado em pontos conhecidos da cidade. "Mas esse seria, por exemplo, o tipo de trabalho ideal se tivesse sido encomendado pela prefeitura. Como não era o caso, preferimos apostar no lado humano, pois na verdade são as pessoas que vão trazer a Copa para cá", justificou. "O resultado foi uma peça comportamental traduzida na rivalidade", avaliou o diretor, que ainda apontou um aspecto curioso sobre os três torcedores que aparecem no trabalho. "São pessoas que toparam fazer o anúncio sem ganhar nada e realmente torcem para os clubes das suas camisas."

TIF Comunicação

Para ajudar a convencer a trazer a Copa do Mundo para Curitiba, a TIF Comunicação apostou em um das manias preferidas do torcedor brasileiro: pegar no pé dos argentinos. Assim, a rivalidade também é o carro-chefe no anúncio da TIF, mas em um âmbito maior, internacional. "Como a idéia era muito vaga, bastante ampla, não tínhamos muitos subsídios. Pensamos em milhares de coisas, mas depois procuramos partir da seguinte questão: a quem queremos sensibilizar? Mas não era só isso, pois além de sensibilizar, nos pareceu ser preciso também contagiar", explicou Thiago Biazetto, diretor de criação da TIF.

Esse contágio, segundo Biazetto, deveria vir no mais alto-astral. "Não precisa ser muito sério para tratar dessa questão em um anúncio com esse propósito. Muitas das idéias iniciais foram descartadas porque nos pareceram caretas demais. Para nós, a opção ideal deveria ser algo com uma pitada de humor, mas sem perder de vista o objetivo, que era sério", ressaltou. De acordo com o profissional, foi essa constatação que guiou o grupo de criação, da concepção do trabalho até o resultado final: as boas condições de "fuga" para o maior rival brasileiro.

Heads Propaganda

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A Heads Propaganda explorou dois aspectos singulares de Curitiba: a diversidade cultural e imigratória e o regionalismo da cidade. A peça publicitária procurou mostrar a capital paranaense como um berço cosmopolita que, ao mesmo tempo em que mistura influências diversas, ainda preza por suas raízes regionais. "Estávamos procurando o diferencial de Curitiba em relação às demais cidades concorrentes e imediatamente surgiu o aspecto cultural representado pela grande variedade e quantidade de imigrantes que formaram o povo curitibano", destacou Caique Mazanek, diretor de arte da Heads.

Tendo como norte a imagem de Curitiba como um centro internacional, com um clima próximo do europeu e capaz de fazer fixar em seu solo alemães, poloneses, italianos, ucranianos e japoneses, entre vários outros, foi fácil seguir em frente. "Daí surgiu a idéia de mostrar a formação de um típico time de bairro curitibano, no qual seus jogadores têm sobrenomes parecidos com os dos jogadores das seleções que virão ao Brasil", explicou Mazanek. "Quisemos mostrar que a Copa, com sua diversidade cultural, já está aqui", ressaltou.