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O quarteto mágico da seleção brasileira formado por Ronaldo, Robinho, Kaká e Adriano atuou apenas no primeiro tempo contra o Chile. Mas, além de garantir a classificação para a Copa do Mundo de 2006 ao abrir vantagem de quatro gols nos 45 minutos iniciais, os craques deram show de bola e encantaram a torcida com um futebol requintado e repleto de jogadas de efeito.

A lamentar apenas que dores musculares atormentaram Ronaldo, que não voltou para o segundo tempo, abrindo a vaga para o meia ofensivo Ricardinho.

Enquanto os quatro craques estiveram em campo o espetáculo foi garantido. Logo aos 25 segundos, Robinho, vestindo a camisa 10 de Ronaldinho Gaúcho, arriscou chute de fora da área e quase marcou um golaço no goleiro Tapia, que estava adiantado.

A formação tática dos quatro craques teve precisão cirurgica. Ronaldinho ficou centralizado dentro da área para atrair a marcação e fazer o papel de pivô. Adriano rodou pelos dois lados do campo, mas deu ênfase ao setor direito, onde tem facilidade para dar o drible seco e chutar de canhota.

Robinho e Kaká exerceram funções duplas. Quando a seleção teve a posse de bola, a dupla saiu para o jogo, encostou nos atacantes e tentou finalizações. Porém, quando o Chile partiu para o ataque, os craques fecharam no meio-campo e deram combate no adversário. Robinho ainda ganhou mais liberdade para ser um terceiro atacante na maioria das jogadas ofensivas. Já Kaká precisou guardar um pouco mais a posição e foi mais dedicado na marcação do adversário.

A participação do quarteto também foi notada nos quatro gols marcados no primeiro tempo. No primeiro gol, de Juan, aos 11 minutos, Kaká fez cobrança de escanteio milimétrica. Já o segundo gol foi uma pintura assinada à quatro mãos, ou melhor, pés: Robinho, Adriano, Kaká e Ronaldo.

A jogada do segundo gol começou com Robinho na intermediária. O craque arrancou com a bola dominada e lançou Adriano, que dominou no setor direito e cruzou forte. A bola passou por Ronaldo, mas Kaká mostrou habilidade e, de primeira, deu um toque sutil para Ronaldo, que, ao invés de tentar o gol de calcanhar, fez o passe para Robinho consolidar o golaço.

No terceiro gol, aos 26 minutos, a movimentação do meio-campo e ataque foi decisiva. Robinho lançou Adriano, que estava na esquerda e só teve o trabalho de driblar Rojas e deixar a sua marca na rede. Já no quarto gol, outro escanteio foi cobrado milimetricamente, agora por Zé Roberto, e Adriano, de cabeça, mostrou o seu faro de gol.

Trio acomodou no segundo tempo Sem Ronaldo e com quatro gols de vantagem, a seleção brasileira diminuiu o ritmo e acabou com o show. Com Ricardinho em campo, o time passou a cadenciar o jogo e valorizou mais a posse de bola. Robinho aceitou a marcação de Maldonado, Kaká tentou algumas jogadas individuais e não conseguiu concluir a gol, e Adriano ficou isolado até o final do segundo tempo.

Mas quando um time tem excesso de craques tudo de genial pode acontecer. Depois de um monótono segundo tempo, aos 47 minutos, Robinho brilhou novamente em campo e deixou Adriano na cara do gol com um passe milimétrico. E o goleador não perdoou o rival e fez 5 a 0.

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