A expressão pode ser clichê, mas retrata bem este nono dia de disputas dos atletas brasileiros nestes Jogos Paraolímpicos de Pequim. A emoção foi forte para o Brasil nesta segunda-feira tanto no Cubo dÁgua, quanto no Ninho do Pássaro. Na despedida da natação em Pequim, o país brilhou com mais quatro medalhas e um recorde paraolímpico. Já no Estádio Nacional, a segunda-feira foi de tristeza. E justamente com o revezamento 4x100m T11-T13, um dos favoritos ao ouro, que foi desclassificado na segunda série da semifinal.
O dia brasileiro, porém, começou com um marco fora das piscinas. No ginásio da Universidade de Pequim, a dupla de tênis de mesa, Luiz Algacir Silva e Welder Knaf, conseguiu uma medalha de prata inédita, na C-3, na derrota para os franceses Florian Merrien, Jean-Philippe Robin e Yann Guilhem por 3 a 1. Festa na bolinha, festa também com a bola grande, com a seleção de futebol de 5 garantindo vaga na final após fazer 1 a 1 com a China em um jogo de compadres, com as duas equipes se beneficiando com o empate.
Cubo d'Água dá adeus aos Jogos
Só que o momento principal estaria reservado para a piscina, onde aconteceria o último dia de competição da natação destes Jogos Paraolímpicos. Além de buscar o ouro, Daniel Dias estava na piscina para ampliar o recorde de medalhas de um atleta brasileiro nestas Paraolimpíadas. E conseguiu, com duas pratas, nos 50m livre classe S5 e no revezamento 4x50m medley 20 pontos, passando a ter quatro ouros, quatro pratas e um bronze, após 11 disputas.
O marco valeu ainda uma brincadeira com o rival André Brasil, que conseguiu "apenas" cinco medalhas (quatro de ouro e uma de prata), e nesta segunda-feira bateu o recorde paraolímpico no 400m livre classe S10. A outra medalha do país no Cubo veio com Edênia Garcia, que ganhou o bronze nos 50m livre S4.
Alegria, tristeza e revolta no Ninho do Pássaro
Se no Cubo foi só alegria para o Brasil, no Ninho do Pássaro a delegação brasileira viveu um misto de emoções na série semifinal do revezamento 4x100m T11-T13. Confirmando o seu favoritismo ao ouro, a equipe formada por Julio Souza, Felipe Gomes, André Luiz e Lucas Prado correu abaixo do recorde mundial, fazendo 43s03, atrás apenas da China, que conseguiu 42s80.
A festa, porém, seria interrompida logo em seguida. Considerando ilegal a passagem de bastão do segundo (Felipe Gomes) para o terceiro velocista (André Luiz), a organização da prova desclassificou o Brasil, beneficiando Angola. A tristeza seria transformada em revolta pela Confederação Paraolímpica do Brasil, que afirma não ter havido problema nenhum durante a prova e promete recorrer da decisão. Esta não foi a única polêmica protagonizada por André Luiz nesta segunda-feira. Após queimar duas largadas nas eliminatórias dos 200m T13, o velocista confessou ao SporTV que havia feito de propósito para se poupar para a final do revezamento.
Enquanto André Luiz deve estar lamentando a desclassificação, caso ela se confirme, Lucas Prado ainda tem uma chance de sair de Pequim com a terceira medalha de ouro, ele que venceu nos 200m T11 e nos 100m T11. Nos 400m rasos T11, Lucas foi o mais rápido na dobradinha com Daniel Silva, garantindo vaga para a decisão de terça-feira. Na única conquista do dia no atletismo, Yohansson Nascimento ficou com o bronze 100m T46 após uma chegada espetacular.
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