A chegada de Roberto Cavalo ao Paraná parecia atender as preces do atacante Bebeto. Sem fazer gols pelo clube que defende desde maio, o jogador de 32 anos esperava oportunidades para mostrar o futebol que motivou a sua contratação. Contudo, a passagem do atleta pela Vila Capanema pode terminar antes de 30 de novembro, quando venceria o seu atual vínculo. A cassação da liminar que o permitia defender o Paraná e as análises do caso feitas ontem pendem para um desligamento antecipado do jogador, que, por desejo de seus empresários, já não permaneceria para 2010.
Momentos antes da partida de terça-feira contra o Brasiliense, Bebeto foi cortado do banco de reservas por um "aviso" vindo de Paulo Goyaz, presidente do Gama, último clube do atacante antes de vir para o Tricolor e com o qual o jogador vive uma batalha jurídica. A cúpula paranista aceitou a dica, embora a decisão do Tribunal Regional do Trabalho ainda não tenha sido publicada oficialmente. Para evitar problemas futuros, Bebeto ficou de fora.
Sem a liminar, Bebeto precisa se reapresentar ao time do Distrito Federal, acertar um acordo para não retornar ou ainda seguir brigando por uma nova liminar. Em princípio, a terceira via foi a escolhida. "Sem a publicação da decisão, ainda não tivemos acesso aos fundamentos adotados pelo tribunal para a cassação. Pelo que acompanhei do caso, esta decisão do TRT veio em virtude de a defesa do Gama não ter sido levada em conta antes de obtermos a liminar. Tínhamos pressa em liberar o jogador do vínculo na época e achamos já termos elementos suficientes para pedir a liminar", disse o advogado do jogador, Marcelo Ribeiro.
Mesmo mantendo contatos constantes com o departamento jurídico do Paraná, é Ribeiro quem conduz a situação de Bebeto. Mesmo já fazendo parte dos autos do processo, o Tricolor já adiantou: ou o atacante consegue a sua liberação do Gama ou será desligado do atual elenco. "Se a situação atual prevalecer, iremos rescindir o contrato dele conosco e ele retornará. Até lá, segue como atleta do clube, mas não será utilizado", afirmou o advogado do Paraná, Alessandro Kishino.
O entendimento do Gama não é tão simples, tanto que o clube já ameaça cobrar a multa rescisória (cujo valor não foi revelado) do Paraná, seja amigavelmente ou na Justiça. "Entendemos que o vínculo dele hoje está com o Paraná e a cassação da liminar é retroativa e nos dá direito a pedir o valor da multa", ponderou Goyaz. "Se tiver que brigar, nós iremos."
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