O Paranaense de 2012 corre o risco de começar "com um asterisco". As palavras são de Alessandro Kishino, advogado do Paraná. O clube aguarda o julgamento do Rio Branco, acusado de escalar o meia Adriano de forma irregular, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), mas a decisão atrasará pois o caso pode ser apreciado novamente no TJD do Paraná.
Toda a confusão ocorre porque o Tricolor não foi admitido como o terceiro interessado do processo em Curitiba. Assim, o clube entrou com um recurso no Rio de Janeiro em duas frentes: uma por não ter podido se manifestar e outra devido à absolvição do Rio Branco, definida por 6 votos a 3.
Procurador do STJD, Paulo Schmidt confirma que o direito do Tricolor em participar do processo está amparado no Código Brasileiro de Justiça Desportiva: "Concordamos com a tese, para que não houvesse a supressão de uma instância e se julgasse diretamente no STJD".
Uma decisão sobre o assunto só será tomada pelos auditores do pleno do Tribunal momentos antes do julgamento do mérito, possivelmente na próxima semana. Caso entendam que o Paraná tenha tido o direito violado, podem anular o processo e recomeçá-lo.
"Aí começa o Paranaense com um asterisco", diz Kishino, prevendo que cerca de seis meses seriam necessários para a resolução final. "Os auditores [do TJD-PR] erraram. Não tive chance de falar. É melhor que julguem rapidamente, mas aí já não depende do Paraná".
Advogado do Rio Branco, Domingos Moro não vê sentido em retardar a definição. "Vai retornar [a Curitiba] na prática para quê? Os auditores vão mudar de ideia? Não vão!". "Não entendo a postura do Paulo [Schmidt]. O tribunal examinou a possibilidade, fez uma votação aparteada e por 6 votos a 3 disse que o Paraná havia perdido o prazo [para ingressar como terceiro interessado]".
De qualquer forma, tanto Kishino quanto Moro admitem que o STJD pode ignorar a polêmica relativa a essa questão preliminar e julgar o mérito como forma de "economia processual". "Já vi isso acontecer várias vezes", explica Schmidt.
Ontem, no mesmo STJD, o zagueiro Cris foi punido com seis partidas de suspensão pela expulsão no jogo com o ASA.
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA
Deixe sua opinião