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Yamato completa ciclo na capital

Oscar Yamato foi contratado ontem à tarde pelo Atlético para comandar a diretoria desportiva do clube. Ele assumirá a vaga de Marcos Moura Teixeira, cujo desligamento foi anunciado pela manhã. Sobrinho do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, Marcos começou a trabalhar em junho de 2005 na função de elo entre os dirigentes, a comissão técnica e os atletas.

Com o acerto de ontem, Yamato completa o ciclo pelos principais clubes da capital. O dirigente despontou no Matsubara, no início dos anos 90, e em Curitiba trabalhou no Paraná e no Coxa. O novo diretor elogiou a estrutura do clube, mas fez uma ressalva.

"Apenas estrutura não adianta, temos que desenvolver tudo o que temos. O trabalho é a longo prazo, mas sabemos que no futebol as expectativas são a curto prazo", afirmou. (ALM)

O Atlético contra-ataca para segurar Alex Mineiro. O clube promete ir ao extremo das suas possibilidades financeiras para manter o atacante na Arena. Ameaçado por propostas milionárias pelo artilheiro, o Rubro-Negro revê o caixa e apela ao lado emocional e à chance de uma negociação no fim do ano como trunfos pelo ídolo.

Pretendido por várias equipes do futebol brasileiro e na iminência de ser assediado pelo mercado europeu, o atacante tem contrato até 31 de dezembro, mas sua multa rescisória cai pela metade na próxima sexta-feira.

"Nós vamos até o limite do nosso endividamento para garantir o que ele justamente merece receber", disse ontem, à Gazeta do Povo, o presidente do Conselho Gestor do Atlético, João Augusto Fleury.

Toda a disposição não alivia os riscos do clube diante da concorrência. "Qualquer equipe gostaria de ter um jogador qualificado como ele. Existe uma carência de atletas desse nível no Brasil. Houve o interesse e haverá muito mais porque logo abre-se a janela na Europa. Podemos perder para o mercado", reconhece Fleury.

Não só os euros ou os dólares da Ásia podem seduzir o atacante. "O interesse do Santos e do Fluminense são reais e as propostas são pesadas, fora da realidade do mercado brasileiro", revelou ontem o técnico Owaldo Alvarez.

O procurador do jogador, Marcelo Robalinho, contou que a diretoria rubro-negra teria recusado uma oferta do Santos, feita no domingo, após a derrota por 1 a 0, na Arena. O Peixe tinha urgência na contratação de um atacante para inscrevê-lo até segunda-feira na Libertadores.

"Eles se reuniram, mas o Atlético não quis evoluir a conversa até pelo que aconteceu no caso do Marcos Aurélio. Foi um troco no Santos, tanto que eles tiveram de inscrever um prata-da casa (o atacante Moraes)", afirmou o empresário. No início do ano, Marcos Aurélio transferiu-se para a Vila Belmiro após uma disputa judicial com o Furacão.

Fleury negou o fato, bem como o diretor do Santos Luís Capela. "Não houve nenhuma proposta. Nossa intenção até é blindar o jogador desse assédio", disse Fleury, que explicou o outro lado do processo de convencimento do jogador pró-Atlético.

Segundo o presidente, em nenhum outro lugar Alex Mineiro reinará como aqui. "Ele será mais um (longe da Baixada)", afirma.

Já a visão do jogador, na opinião do seu empresário, é exatamente oposta. "Hoje ele é mais um no cenário nacional e gostaria de ter a visibilidade que o futebol paulista ou carioca dariam. Nem o título brasileiro pelo Atlético teve tanto peso porque a final foi contra o São Caetano", pondera.

Com 32 anos, o jogador busca a valorização derradeira para uma última investida no exterior em 2008 e depois retornar mais uma vez ao Atlético onde encerraria a carreira.

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