O goleiro Flávio nem precisa da vitória para conquistar seu terceiro título nacional. Com o acesso garantido, o América-MG pode até perder para o ASA (a quem derrotou por 3 a 1 em Arapiraca, semana passada), amanhã, para completar a trinca de taças do Pantera nas três principais divisões do Campeonato Brasileiro. Campeão da A (2001) e da B (1995) pelo Atlético, clube que defendeu por oito anos, e ídolo também no Paraná, onde atuou por cinco temporadas, o goleiro fala da iminente conquista em Minas, lembra da passagem pelas metas paranaenses e faz planos para esticar a carreira.
Que comparação faz de cada um dos títulos nacionais?
O título é importante para qualquer jogador, tanto faz se é da série A, B ou C, estadual, nacional... O primeiro marcou bastante pois eu estava saindo do Nordeste e chegando no Sul. No ano seguinte (95) consegui ser campeão da Segunda Divisão e tive uma valorização. Na Primeira Divisão, em 2001, foi o sonho de qualquer jogador. O Atlético tinha toda aquela estrutura, mas era considerado um time médio no cenário nacional e conseguiu desbancar os grandes para ser campeão. O clube passou a ser mais reconhecido. Agora no América, já com 38 anos, tive a oportunidade de ser campeão de novo. Estou muito feliz mesmo.
Qual foi o segredo do Coelho?
A mescla de jogadores experientes com os jovens. Além de mim, o time tem o Evanílson, que passou pela seleção, o Irênio, que jogou no Atlético, o Euller e esse pessoal mais novo. Essa mistura deu certo. O Givanildo (de Oliveira) também é um baita treinador. Quando passou pelo Atlético (em 2006) ele foi menosprezado. Agora chegamos num momento decisivo, conseguimos vencer o ASA fora de casa por 3 a 1. Podemos até perder por dois gols, mas ninguém quer ser campeão com derrota.
E a mobilização para o jogo?
Está grande. O América tem uma história bonita, foi campeão estadual por dez anos consecutivos. Estava no fundo do poço. Estou muito feliz de ajudar neste recomeço. O América é a terceira força aqui, vive uma luta, igual o Paraná Clube aí.
Acompanha o que acontece com o Tricolor e com o Atlético?
Acompanho. Gosto muito dos clubes. Ganhar nove títulos em oito anos, como aconteceu comigo no Atlético, não é para qualquer jogador. No Paraná fomos campeões depois de muito tempo, conseguimos a classificação para a Libertadores e tenho um carinho muito grande pelo clube. Acho que as pessoas, a torcida, são mais humildes, me adaptei melhor. Pena que no final foi ruim.
Você saiu chateado?
Sai triste porque algumas pessoas não entenderam o que estava acontecendo e não reconheceram meu trabalho. Sofri muito com várias lesões e não conseguia jogar, ia no sacrifício e só piorava. Quando parei de vez para tratar as pessoas acharam que eu estava fazendo corpo mole. Aí o time caiu e foi complicado. Achei melhor trocar de ares. Mas torço pelo Paraná.
Pretende jogar até quando?
Mais uns dois anos, até os 40. O pessoal do América tem um projeto para a Série B de 2010. A intenção é subir para a elite e é onde eu quero encerrar a carreira, num clube da Primeira Divisão.
E depois?
Não decidi ainda. Tenho convite para trabalhar aqui. Penso em investir aqui, como tenho investimentos em Curitiba. Mas vou descansar um pouco em Maceió com a minha família. Depois eu penso.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas