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Catracas de entrada do Estádio Couto Pereira, do Coritiba: prioridade para os sócios, mas sem elitizar a arquibancada | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Catracas de entrada do Estádio Couto Pereira, do Coritiba: prioridade para os sócios, mas sem elitizar a arquibancada| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Planos

Veja o que Atlético, Coritiba e Paraná oferecem a seus torcedores para que se transformem em sócios dos clubes:

• Atlético: Sócio Furacão

Custa R$ 70 para o torcedor adulto e R$ 35 para o menor dependente. Possui 15.608 sócios*. De acordo com o balanço de 2011, rendeu R$ 10,1 milhões para o clube na temporada.

• Coritiba: Sócio Coxa

São diversas modalidades, com preços de R$ 9,90 até R$ 162. Possui em torno de 25 mil sócios*. De acordo com o balanço de 2011, rendeu R$ 18,7 milhões ao clube na temporada.

• Paraná: Sempre Torcedor

Custa entre R$ 40 e R$ 100. Mulheres pagam 50% e menores até 12 anos são isentos em duas categorias e pagam 50% na cadeira social. Possui 4.800 sócios*. O clube ainda não divulgou o balanço de 2011.

*números divulgados pelos clubes.

Youtube

Vídeo que mostra a agonia do torcedor barrado da final ‘bomba’ na internet

Recentemente, um vídeo chamou a atenção para os torcedores que não têm conseguido mais frequentar os estádios da capital paranaense. Publicado no Youtube após a final do Paranaense, dois clássicos Atletibas, a peça apresentou a história de Dinorá, torcedora do Coritiba que acompanhou fora do Couto Pereira a segunda e decisiva partida, com o filho Adalberto dentro do estádio.

Produzido pela SportFilms, e intitulado Do lado de fora, o vídeo alcançou quase 30 mil visualizações e comoveu os jogadores do Coxa. Um segundo filme foi feito posteriormente, registrando a visita de Tcheco, Rafinha e Willian à casa dos torcedores. Além de camisas autografadas, mãe e filho coxas-brancas ganharam planos de sócios válidos até o término da temporada.

Confira a primeira e a segunda parte do vídeo

Interatividade

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Mesmo com os estádios cada vez mais dominados por sócios, dirigentes de Atlético, Coritiba e Paraná dizem acreditar que a nova relação entre o torcedor e o clube do coração não provocará uma elitização do esporte. Pelo menos, não ao ponto de expulsar, completamente, os fãs de baixa renda das praças esportivas.

Atualmente, quase não se paga ingresso na bilheteria para ir aos jogos em Curitiba. No último compromisso do Alviverde no Alto da Glória, somente 6,5% dos coxas-brancas foram aos guichês. No do Rubro-Negro, 7,9%. Os paranistas são os que compraram mais entradas avulsas: 37,9% do total.

Cenário, em boa parte, fruto da política dos clubes de aumentar o custo dos bilhetes para "forçar" as associações. Atualmente, a entrada inteira mais barata para ver o Coritiba custa R$ 95. No caso do Atlético, R$ 100 – no início de maio, Mario Celso Petraglia, presidente rubro-negro, afirmou que com a Baixada pronta a entrada será de R$ 300. Ma­­jo­­ração que, de acordo com os dirigentes, não deve alcançar os esquemas de fide­­li­­zação.

O Alviverde e o Tricolor já disponibilizam preços variados. "O Coritiba tem essa preocupação de atender a todas as faixas econômicas. Basta ver que temos uma opção de R$ 9,90, pensando naquele coxa-branca que não pode ir sempre ao Couto Pereira", afirma José Rodolfo Leite, superintendente do clube.

Na Vila Capanema, a disposição parece ir além. "Nós entendemos que a nossa torcida é do povo, pela história do clube, que foi formado por vários times, de origens diversas. Nossa intenção é privilegiar o sócio, sem jamais elitizar", garante Vladimir Carvalho, vice-presidente de marketing paranista.

Somente o Rubro-Negro não possui um esquema diversificado – até porque, espera a conclusão da Arena para a Copa do Mundo para pensar no assunto. Hoje há apenas uma modalidade, por R$ 70 (ou R$ 35 para menor dependente). No entanto, o clube estuda outras alternativas.

"É preciso ter inteligência para ter setores com preços diferenciados, para atender a todos os poderes aquisitivos que queiram contribuir. Estamos pensando em maneiras de conquistar todo o mercado de atleticanos", afirma Mauro Holzmann, diretor de comunicação do Furacão.

E associar-se deverá, em breve, ser mesmo a única forma viável de acompanhar futebol ao vivo. Basicamente, funcionará assim: os clubes reservarão 80% (ou mais) de suas praças esportivas para associados e o restante dos bilhetes será vendido por valores elevados.

"Serão preços astronômi­­cos. Para atender aos locais nobres, reservados para empresas, turistas, etc. Eu sei que é um tema complicado no Brasil. Mas é uma ten­­dên­­cia, algo que acontece na Europa", prevê Amir Sommogi, diretor da área de consultoria esportiva da BDO.

Inclinação ainda mais forte no Brasil com a reforma e a construção de estádios para o Mundial de 2014. Arenas projetadas para serem modernas e com manu­­tenção alta.

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