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Felipão nega convite para voltar à seleção brasileira e se mantém firme no comando do Chelsea, apesar das pressões | Glyn Kirk / AFP
Felipão nega convite para voltar à seleção brasileira e se mantém firme no comando do Chelsea, apesar das pressões| Foto: Glyn Kirk / AFP

Há 162 dias, Luiz Felipe Scolari foi apresentado como técnico do Chelsea com o status de campeão do mundo pela seleção brasileira e autor de grande trabalho com Portugal. Pois o primeiro turno do Campeonato Inglês nem terminou e, segundo matérias dos jornais "The Times" e "Daily Mirror", o treinador já é contestado pelos principais jogadores da equipe.

Scolari manteve silêncio na Inglaterra, mas no Brasil, por intermédio de sua assessoria de imprensa, rebateu: "Isso é coisa de agentes". O técnico, inclusive, já teria identificado as pessoas que estariam querendo tumultuar o ambiente no clube. Em nota à imprensa, Felipão disse que se trata de "pessoas inescrupulosas de fora do clube, agindo em benefício próprio ou tentando auferir vantagens".

As críticas dos jornais ingleses surgem em um momento em que o time ocupa o segundo lugar no Inglês, com 37 pontos, apenas um atrás do líder Liverpool e cinco à frente do Manchester United, terceiro colocado. O problema é que, nos últimos cinco jogos no Stamford Bridge pela liga nacional, a equipe só venceu uma vez. Na primeira fase da Liga dos Campeões, o Chelsea venceu seus três jogos em casa.

A gota d’água, segundo os diários ingleses, foi o empate em casa por 1 a 1 com o West Ham, no último domingo, que impediu a volta da equipe à liderança. A substituição de Ballack por Deco no intervalo não teria agradado a líderes da equipe, como o zagueiro Terry e o meia Lampard, que teriam também já pedido alterações na preparação física da equipe.

Scolari teria admitido a falta de tempo para aprimorar tanto a parte física quanto técnica, pois o time tem jogado a cada três dias. Na derrota por 2 a 1 para o Arsenal, também no Stamford Bridge, a entrada de Mikel e Deco nos lugares de Malouda e Stock, respectivamente, também foi alvo de críticas. Felipão nega qualquer tipo de questionamento por parte dos jogadores.

Até a comunicação entre Felipão e os jogadores estaria com problemas. Drogba, Anelka e Joe Cole, segundo análise dos jornais, jogaram muito próximos no empate com o West Ham e não fizeram em campo o que foi pedido pelo treinador. O técnico, mais uma vez, desmente a matéria.

Felipão sabe que não terá reforços para a equipe em janeiro, na reabertura da janela de transferências. O magnata russo Roman Abramovich, dono do Chelsea, já anunciou que não vai investir um centavo, depois de perder, segundo a imprensa inglesa, mais de 2 bilhões de euros (R$ 7 bilhões). Aliás, o ano que vem será o de menor investimento do bilionário no clube.

Desde a chegada de Scolari, o Chelsea se desfez de oito jogadores, que ganhavam 15 milhões de euros (R$ 52,5 milhões) por ano apenas em salários. Só o ucraniano Shevchenko, que voltou para o Milan, ficava com 6 milhões de euros (R$ 21 milhões) a cada 12 meses. Para a temporada 2008/2009 a única contratação foi de Deco, a pedido de Felipão, que também sonhou com Robinho, negociado pelo Real Madrid com o Manchester City.

Outro argumento usado pelos jornais seria o de que a seleção brasileira seria o destino de Felipão. Segundo eles, com Felipão disponível no mercado, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, não perderia a chance de despachar Dunga e contratar o técnico do penta. A assessoria de Felipão rebateu, dizendo que não há fundamento na informação de que ele pode voltar à seleção.

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