A tarde de ontem, pós-título do Coritiba, foi um teste para o meia Rafinha, um dos principais nomes do time bicampeão paranaense. Normalmente avesso a entrevistas, o jogador de 27 anos precisou encarar uma maratona de perguntas. Entrou ao vivo em um canal nacional de esportes, falou com a Rádio 98 FM e com a Gazeta do Povo. Surpreendentemente desinibido, o pai da pequena Isabela, 4 anos, e Thomaz, 1 ano, mostrou que o trabalho pelo qual vem sendo submetido desde o início do ano começa a dar resultados. As conversas frequentes com a psicóloga do clube, Flávia Foccacia, e também com o técnico Marcelo Oliveira, ajudaram a amenizar sua natureza explosiva, que muitas vezes resultaram em expulsões. O acompanhamento, algo inédito na carreira de Rafinha, é festejado.
"Até no próprio clube muita gente não sabe que estou fazendo um trabalho com a psicóloga. Está sendo importante. Quero agradecer a Flavinha, que vem me ajudando bastante. Ela faz parte também dessa minha calma dentro de campo", disse o camisa 7, que foi expulso duas vezes na temporada, mas saiu zerado dos últimos três clássicos.
A evolução nesse aspecto tem relação com o papel do jogador no elenco, cumprindo papel de liderança. "Procuramos brincar com todo mundo, com jogadores que não vão para o jogo. Ninguém quer ser mais que ninguém", explicou o meia, líder de assistências do clube no ano, avisando que quer fazer história no Alviverde. "Estou feliz, em um momento especial. Dentro de campo me considero um líder, quero sempre vencer, mas fora ainda prefiro ficar no meu canto, quietinho", fechou o baixinho, que ontem, durante a comemoração no Couto Pereira, precisou dividir a atenção entre a torcida e o filho, que engatinhava pelo gramado do estádio.
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