• Carregando...

O lateral-direito Rafinha, 21 anos, entra em 2007 com um pensamento fixo: a seleção brasileira. Destaque do alemão Schalke 04, o jogador revelado pelo Coritiba carrega para o ano novo alguns trunfos para realizar tal sonho.

Uma das alternativas para sensibilizar o técnico Dunga está justamente na força da camisa que veste. O time de Gelsenkirchen terminou a temporada na liderança da Bundesliga, ao lado do Werder Bremen, e pode acabar com um jejum de 48 anos sem o título da Liga Alemã.

Tido como o mais popular clube da Alemanha, o Schalke ostenta uma média de público de dar inveja: 61.387 espectadores em um estádio com capacidade para 61.481.

"Sem dúvida, se ganharmos o campeonato, terei mais chance de ser lembrado em futuras convocações", confia Rafinha, que aproveita as festas de fim de ano para matar a saudade dos amigos e familiares em Curitiba e Londrina.

O prata da casa alviverde não tem dúvida que terá uma oportunidade com a camisa amarela, com a qual se destacou durante o Mundial Sub-20 de 2005, na Holanda. "Quero jogar na seleção. Quero uma chance. Preciso só de uma chance", avisa, empolgado.

A eterna crise na camisa 2 nacional também parece conspirar a favor do "Der Kleine" (o pequeno, em alemão) Rafinha – como ele é chamado pelos fanáticos torcedores alvicelestes no populoso Vale do Rhur, oeste da Alemanha.

"Hoje, temos o Cicinho (Real Madrid-ESP), Maicon (Internazionale-ITA), Belletti (Barcelona-ESP) e o Daniel (Sevilla-ESP). Mas eu acredito que para representar o nosso país precisa ter culhão, personalidade e poucos conseguem demonstrar isso em campo", diz, com otimismo.

Após um ano e meio de Europa, esse londrinense criado nas categorias de base do Coxa parece determinado. "Agora, depois da difícil adaptação, a tendência é só crescer. Recentemente, por exemplo, marquei o meu primeiro gol (dia 24/11 contra o Bochum). Também estive entre os melhores da competição durante oito rodadas", exalta.

Dunga, segundo Rafinha, sabe desse desempenho. "Ele esteve na Alemanha para acompanhar alguns jogos. Durante uma entrevista, chegou a dizer que me observou. Sinto que a minha oportunidade está próxima", reforça.

O grupo olímpico, formado por atletas até 23 anos, surge como a grande chance para a revelação paranaense. A Olimpíada de Pequim será em agosto de 2008, quando ele ainda estará no limite de idade permitido para disputar o torneio. Apenas três jogadores acima dessa faixa etária poderão ser relacionados. A comissão técnica da CBF já deixou claro que os garotos, visando justamente ao evento na Ásia, terão a prioridade.

Mas a luta pelo ouro olímpico só irá se concretizar com o sucesso brasileiro no Sul-Americano Sub-20, com início dia 7, no Paraguai. Apenas os dois primeiros garantem vaga na China.

E diante de tantas portas se abrindo, apenas uma coisa parece atrapalhar os planos bem-traçados do lateral: a decepção com a equipe do coração.

"O Coritiba é a minha vida e tenho sofrido muito com a situação atual. Vi alguns jogos pela televisão por assinatura e também ouvi outros pelo rádio. É difícil falar... Mas acho que as brigas entre a torcida e a diretoria atrapalharam um pouco", lamenta.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]