Rafinha acompanha informações do Coritiba pelo internet| Foto: AFP

Com apenas 17 anos, Rafinha estreou no time profissional do Coritiba. A carreira do precoce lateral-direito logo decolou. Pelo Coxa, ele fez 34 jogos, mostrou habilidade e foi para o Schalke 04, da Alemanha. Apesar do bom futebol no clube europeu, a atual temporada tem sido complicada para Rafinha. Os problemas tiveram início no ano passado. Convocado por Dunga para os Jogos Olímpicos de Pequim, o Schalke foi à Fifa para tentar impedir que o paranaense servisse a seleção brasileira.

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Rafinha fez parte do time que levou o bronze na China. No entanto, a relação entre jogador e o Schalke ficou delicada. Uma negociação com a Juventus, da Itália, que seria a salvação, não saiu. O pior momento foi em agosto. Mesmo atuando diante da sua fanática torcida em Gelsenkirchen, o Schalke 04 acabou sendo derrotado pelo modesto Freiburg por 1 a 0. Rafinha, até então ídolo da torcida, foi vaiado. O jogo seria a despedida do jogador do time alemão. Não foi, e Rafinha veio para o Brasil esfriar a cabeça. Funcionou. Nas últimas apresentações, o lateral tem jogado aparecido mais no meio-campo e, com a mudança, as boas apresentações estão de volta.

Em entrevista, por e-mail, à Gazeta do Povo, o ex-coxa-branca fala sobre as mutações no estilo de jogo, objetivos na carreira e Coritiba.

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Gazeta do Povo - A especulação de que você iria para a Juventus atrapalhou de alguma maneira seu desempenho dentro de campo?Rafinha - Com certeza atrapalhou. Eu acreditei em algumas pessoas que eu não deveria ter acreditado e isso me atrapalhou muito. Por isso que eu fui ao Brasil para ficar um período afastado para esfriar a cabeça.

Gazeta do Povo - Depois de refletir sobre o que aconteceu, a que conclusão você chegou?

Rafinha - Que tenho de buscar um desafio novo para a minha carreira e respirar novos ares. Isso dentro da Europa. Gazeta do Povo - Mesmo no Schalke, você ainda pensa em seleção brasileira?

Rafinha - Eu venho trabalhando forte e procurando fazer bons jogos como sempre fiz. E a esperança existe, mesmo sabendo que o Brasil está muito bem servido de lateral direito. O Maicon e o Daniel Alves merecem estar na seleção, pois estão num momento maravilhoso. Mas, eu estou preparado caso seja convocado novamente.

Gazeta do Povo - Agora você tem jogado mais no meio-campo, fazendo assistências inclusive, como foi a mudança?

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Rafinha - Tive de me adaptar a um novo sistema de jogo. Um futebol mais veloz e de muito contato e precisei aprimorar mais a parte defensiva. Já que aqui na Alemanha eu jogo mais recuado. Mas também, como pessoa e jogador aprendi muita coisa e tenho ainda que aprender muito. Claro que se ganha certa experiência disputando campeonatos importantes como Champions League, Copa da Uefa, sendo convocado para a Seleção. E com isso se adquire uma bagagem maior, naturalmente. Gazeta do Povo - Tem acompanhado o centenário do Coritiba?

Rafinha - Sim. Entro todos os dias em sites locais e vejo as noticias. Claro que gostaria de estar fazendo parte do elenco esse ano, mas ainda não é o momento de eu voltar.