Os grandes jornais franceses repercutiram, nessa semana, jogadores brasileiros que se manifestaram contra o presidente eleito Jair Bolsonaro.
O ex-jogador Raí, campeão mundial pelo Brasil em 1994 e ídolo do PSG, deu uma entrevista para o jornal desportivo francês L’Équipe nesta quarta-feira (31) em que declarou ficar com medo ao ver pessoas celebrando a vitória de um candidato que “manifestou valores absurdos e repugnantes”.
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Para o ex-atleta essa onde de extrema direita tomou o país porque os brasileiros se sentiram traídos pelos últimos governos, criando uma vontade de mudar imensa, movida até mesmo pelo ódio.
Questionado do porque de tantos jogadores brasileiros apoiarem Bolsonaro, Raí explicou que acredita ser a falta de cultura e cultura política. Lembrou ainda de seu irmão, também campeão mundial, Sócrates, que segundo ele, estaria reagindo a esse movimento conservador “com força e com vigor”.
Já o jornal Le Figaro destacou que além de Raí, Juninho Pernambucano e Paulo André que também se posicionaram contra o presidente eleito.
Juninho, ídolo do Olympe de Marseille, foi o primeiro a expressar sua opinião política no Twitter em outubro de 2017, um ano antes da eleição. No tweet ele pediu que eleitores do Bolsonaro parassem de segui-lo: “Não sabia que bolsominions me seguiam. Por favor não me sigam. Não quero quantidade de seguidores e sim qualidade humana de caráter deles”. Em outra declaração o ex-futebolista mostrou indignação a ex-atletas que não se engajam em ajudar a melhorar a situação do país, mas que compreende que jogadores ainda atuantes não demonstrem opiniões políticas.
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Na mesma reportagem o periódico falou de Paulo André, jogador do Atlético-PR, também com passagem pelo futebol francês Le Mans, entre 2005 e 2009. O jornal o chamou de corajoso por desafiar o clube em que atua pois o presidente Mário Celso Petraglia é partidário de Bolsonaro demonstrando isso em jogos, por meio os atletas em mais de uma ocasião. No jogo contra o América-MG pela 28ª rodada do Brasileirão, o zagueiro escondeu por baixo do agasalho uma camiseta que os jogadores tiveram que usar com frases em apoio ao candidato de extrema-direita.
Colaborou Isabela Starepravo.
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