• Carregando...

Spa-Francorchamps, Bélgica (Folhapress) – Interlagos amanheceu fervendo nos últimos anos, aguardando o surgimento de um herói de macacão e capacete. Frustrou-se. Interlagos realizou a última etapa da F-1 no Mundial passado e promoveu-se com a expectativa da decisão do título. Frustrou-se.

Agora, enfim, parece ter chegado sua vez: com a vitória de Kimi Raikkonen ontem em Spa-Francorchamps, a definição da temporada foi adiada para o GP Brasil, dia 25, no circuito paulistano.

Segundo colocado na Bélgica, Fernando Alonso viu sua vantagem no Mundial ser reduzida de 27 para 25 pontos. Nada que o preocupe: na prática, a prova de ontem só jogou para a frente um triunfo cada vez mais inevitável. Para levar o título sem depender do finlandês, Alonso precisa marcar seis pontos em Interlagos. Uma terceira posição.

"Só preciso de um pódio, algo que venho conseguindo com alguma freqüência. O cenário parece muito bom. Mas não me sinto com a mão no título. Se eu abandonar e ele vencer, a situação já ficará diferente", disse Alonso – depois do Brasil, a F-1 ainda correrá no Japão e na China.

Consolo por não terem visto o desfecho do Mundial em casa, os torcedores belgas assistiram a uma das provas mais agitadas e imprevisíveis do ano.

Até três horas antes da largada, chovia em Spa-Francorchamps. A estiagem não secou o asfalto, e a corrida começou com os pilotos usando pneus de pista molhada.

Saindo na pole position pela segunda vez seguida, Juan Pablo Montoya manteve a liderança, perseguido por Raikkonen, seu companheiro de McLaren. Jarno Trulli, terceiro no grid, e Alonso, quarto, também seguraram as posições de largada.

Na 11.ª volta, após acertar uma zebra, Ginacarlo Fisichella, da Renault, perdeu o controle do carro na Raidillon, a cerca de 280 km/h, e estatelou-se contra a barreira de pneus. Não se feriu, mas a violência da batida exigiu a entrada do safety-car.

Aproveitando a intervenção, 16 pilotos foram para os boxes. Quando a disputa foi retomada, três voltas depois, Montoya ainda era o líder, mas então seguido por Ralf Schumacher, que realizara seu pit uma volta antes da batida.

Foi, então, a vez de Takuma Sato, da BAR, fazer lambança. Ele acertou a traseira da Ferrari de Michael Schumacher, e os dois deixaram a prova. Irritado, o alemão deixou o carro e foi discutir com Sato, ainda no cockpit. Após dar uma bronca no japonês, desferiu um tapa no seu capacete – após o GP, a FIA puniu o japonês com dez posições a mais no grid no Brasil.

Na 24.ª volta, Ralf rodou, devolvendo o segundo posto a Raikkonen. Alonso vinha em terceiro. A esperada inversão de posições entre os McLaren aconteceu na última rodada de pits. Raikkonen foi para os boxes na 35.ª volta e saiu à frente do colombiano. A equipe inglesa parecia seguir para uma dobradinha tranqüila quando, a três voltas do fim, Montoya envolveu-se em um choque com o Williams de Antonio Pizzonia. Deixou o GP e o segundo lugar para Alonso.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]