Poucas horas depois de o proprietário da Lotus minimizar os atritos com Kimi Raikkonen, o próprio piloto finlandês escancarou a sua irritação com a direção da equipe e avisou que poderá ficar de fora das etapas dos Estados Unidos e do Brasil, as duas últimas da temporada de 2013 da Fórmula 1, caso a Lotus não pague seus salários atrasados.
Em entrevista no paddock do circuito de Yas Marina, o finlandês se mostrou ainda incomodado com a troca de palavrões com o diretor de operações, Alan Permane, durante o GP da Índia, no fim de semana passado. E cobrou que a equipe pagasse seus vencimentos. "Algumas vezes não é muito legal quando você ouve que não trabalha para a equipe e que você não atende aos interesses do time. Mas você recebeu zero euro durante todo o ano", reclamou.
Raikkonen não deu detalhes sobre a dívida da Lotus, mas estima-se que a equipe estaria devendo US$ 15 milhões de dólares (cerca de R$ 33 milhões) ao piloto. "Eu adoro correr, pilotar, mas uma grande parte disso é o negócio. Às vezes, quando isso não é tratado como deveria, pode acabar em uma situação infeliz. É preciso colocar um limite. Se passar dele, aí não será mais culpa minha."
O piloto explicou que só aceitou correr em Abu Dabi porque chegou a um acordo com a equipe. "Só estou aqui porque felizmente conseguimos chegar a um acordo. Espero que tudo seja acertado para que possamos terminar a temporada tão bem quanto podemos", declarou o piloto, que irá correr pela Ferrari em 2014, em substituição a Felipe Massa.
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Treino classificatório para o GP de Abu Dabi, às 11 h, na RPC TV.
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