O candidato a prefeito de Curitiba Ratinho Junior (PSC) mudou o tom do discurso do início da campanha do segundo turno e partiu para o ataque contra seu adversário, Gustavo Fruet (PDT). Nesta quarta-feira (17), antes do encontro com representantes do Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol), o candidato mostrou que sua fase "paz e amor" ficou para trás.
Ratinho repetiu as críticas duras à aliança de Fruet com o PT, de forma ainda mais veemente do que a usada pela coligação do prefeito Luciano Ducci (PSB) durante a campanha do primeiro turno. Os ataques começaram durante entrevistas e no horário eleitoral do candidato.
Para o candidato do PSC, a aliança entre Fruet e o PT não é legítima. "Em especial partindo do Gustavo, que sempre foi um crítico e inclusive acusou o presidente Lula de crime de responsabilidade no caso do mensalão", afirmou.
O candidato disse que deve usar no horário eleitoral uma entrevista dada por Fruet, quando deputado federal pelo PSDB, no programa de Jô Soares, da Rede Globo. Na entrevista, Fruet analisa a suposta participação do ex-presidente Lula no escândalo do mensalão. Ele também deverá atacar o núcleo petista que comanda de Brasília a campanha do oponente, formado pelos ministros Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann (PT).
"O PT de Curitiba optou por uma aliança que não era a minha. Eu tenho respeito pelos militantes do PT pela cúpula não. E quem vai comandar a cidade é a cúpula", disse Ratinho Junior. Para ele, a aproximação de alguns quadros do PT da administração da cidade são motivo de preocupação. "O filho do Zé Dirceu [deputado federal Zeca Dirceu] está apoiando o Gustavo, que foi um dos maiores críticos do mensalão. Não fica um ponto de interrogação para a sociedade?", questiona.
Perguntado sobre o fato de criticar o PT quando mostrou a presidente Dilma Rousseff em sua campanha no primeiro turno, Ratinho Junior disse que a crítica não é ao partido. "Eu tenho muitos eleitores do PT. Tenho muito respeito pelo PT. Nós queremos é apresentar para a sociedade a contradição da relação do Gustavo com o PT", disse.
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