O Real Madrid tem uma missão quase impossível, hoje, às 15h45 (de Brasília), na tentativa de manter viva a meta de ser campeão europeu. Precisa fazer pelo menos três gols de vantagem sobre o Borussia Dortmund e isso se não sofrer nenhum para recuperar-se da derrota por 4 a 1 no jogo de ida e avançar à decisão da Liga dos Campeões. Para isso, promete transformar o Estádio Santiago Bernabéu em um "inferno branco".
Mas o que estará em jogo nesta terça e na quarta, na partida entre Barcelona e Bayern de Munique no Camp Nou, não é apenas a classificação à final e sim o próprio prestígio do futebol espanhol e o domínio de um modelo econômico, em uma semana que dá sinais de que poderá marcar um ponto de virada na hegemonia do futebol europeu em direção à Alemanha.
O técnico José Mourinho também estará na berlinda. Contratado em 2010 para levar o Real ao título europeu, pode ter hoje a última chance de fazer o que dele se espera. E o português parece consciente disso. "Em todos os lugares, o êxito é de todos no clube, mas o fracasso é do treinador. Se o Real passar para a final, será o sucesso de todos. Senão, será meu fracasso."
O próprio Mourinho admite que a qualidade dos clubes alemães é alta e alerta que os resultados já mostram que a própria seleção da Alemanha é "a candidata para vencer a Copa" no Brasil, em 2014. "O futebol foi justo. Perdeu quem merecia perder", disse, em referência ao revés da semana passada.
Contrastando com a melancolia de Mourinho e a guerra montada pelo Real Madrid, o técnico do Borussia Dortmund, Jürgen Klopp, esbanjava bom humor e apontava para o momento histórico do clube. Durante a entrevista, arrancou gargalhadas dos jornalistas, mas insistiu: "Não conquistamos nada ainda".
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