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A tristeza e a dor de mais um Mundial perdido ainda estava estampada nos rostos. Na volta ao Brasil, porém, o carinho da torcida ajudou a renovar o ânimo da seleção feminina de vôlei, vice na competição no Japão, ao cair novamente diante da Rússia. Jogadoras e o técnico José Roberto Guimarães foram recebidos com festa por torcedores em São Paulo. Cartazes, faixas e uma bandeira do Brasil foram prova de que a prata é vista com orgulho dentro de casa.

~"Esse calor humano é especial. Por isso nós ficamos tristes de termos perdido o Mundial mais uma vez para a Rússia. Mas lutamos até o fim e a torcida está reconhecendo isso", disse o técnico José Roberto Guimarães.

Uma das líderes do grupo, Jaqueline lamentou o segundo lugar, mas festejou o reconhecimento da torcida.

"Estou super feliz. Não tem coisa melhor chegar e receber esse carinho. Todo mundo sabe que queríamos voltar com a vitória, ninguém quer o segundo lugar. Mas eu cresci muito com essa equipe. Só tenho a agradecer".

No desembarque, apenas um lamento: a atuação do árbitro coreano Kim Kun-Tae, o mesmo que havia apitado a final do Mundial de 2006. Para Zé Roberto, a participação dele foi fundamental para a derrota brasileira.

"Acho que, no vôlei, que cada vez evolui mais, deveria ter uma bola com chip ou ser igual ao tênis, com o desafio. Dizem que o futebol é bom por causa dessa polêmica com a arbitragem. Não é, o futebol é horrível por causa disso. No tênis, não tem o que reclamar, perdeu porque foi justo. Não tem o que discutir. Não estou dizendo que venceríamos por causa daquele ponto. Só acho que não poderíamos perder por conta de uma injustiça, devido a um árbitro que é marcado por atuações desastrosas", reclamou Zé, citando o momento em que o Brasil vencia o tie-break por 7/6 e Kun-tae inverteu uma bola de Sheilla, que daria uma vantagem maior à seleção.

Para Natália, um dos destaques do Mundial, o lance poderia ter mudado a história do jogo.

"Poderia mudar tudo. Estávamos vencendo por 7/6, ficaríamos com dois pontos de vantagem. Acho que faria a diferença. Mas como o "se" não muda nada, aconteceu".

Capitã da seleção, Fabiana ressaltou o espírito de luta da equipe. Para ela, a hora é de seguir em frente e mirar nas próximas competições.

"Só sei que o grupo lutou o tempo inteiro. Vamos continuar buscando sempre. Temos o Pan-Americano no ano que vem, as Olimpíadas de Londres em 2012. Vamos continuar correndo atrás".

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