
Na teoria, a escalação de Rômulo contra o Cruzeiro seria apenas uma questão de escolha. Por uma cláusula contratual, o atleta que pertence à Raposa e está emprestado até o fim do ano ao Coritiba não poderia ser escalado. Mas se isso ocorresse, não haveria multa prevista, apenas a quebra do contrato de cessão. Ou seja: se o centroavante atuasse no Mineirão, teria o contrato quebrado e não poderia atuar contra o Fluminense. Do contrário, ficaria de fora em Belo Horizonte, mas estaria liberado para a última e importante rodada.
O problema é que Ariel ainda não está recuperado de uma distensão muscular na coxa só deve estar liberado na semana que vem. Por isso, Rômulo se torna bem mais importante neste fim de semana do que no próximo. Mas mesmo com a possibilidade aberta, tanto o departamento jurídico do clube como o de futebol decidiram pela ausência do jogador em Minas Gerais.
No lado jurídico, a orientação parte do princípio de que, em caso de dúvida, é melhor não arriscar. Embora o diretor da área no Alviverde, Gustavo Nadalin, entenda que não teria problema colocar o jogador em campo, o advogado também admite outra forma de interpretação para a cláusula. Nela, se Rômulo entrar em campo, poderia, no ato, ser considerado em situação irregular, já que automaticamente teria o vínculo com o Coritiba encerrado.
"Embora eu entenda que a quebra de contrato só poderia ocorrer depois do jogo ter acabado, se existe a possibilidade de outras interpretações, não vamos arriscar. Ainda mais nesta reta final", analisa Nadalin.
Já João Carlos Vialle, diretor de futebol, não vê dúvida na questão, mas prefere a não escalação do atleta em respeito à relação do Alviverde com o time celeste.
"Rolo não dá. Vi o contrato hoje (ontem). Nem sabia desta cláusula pois não fui eu que fiz. Mas é uma questão moral. Não vamos criar problema com o Cruzeiro", diz o dirigente, deixando para Ney Franco apenas duas opções: Bruno Batata como referência na frente ou Marcos Aurélio para dar mais movimentação ao ataque.
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