![Recomeço move meninas da rítmica nacional no México Brasileiras da ginástica rítmica tentam reverter a queda de rendimento para conquistar o tetracampeonato por equipes no México | Jefferson Bernardes/ Vipcomm](https://media.gazetadopovo.com.br/2011/10/e74ba5da2f20a65b80fa30b12efca2db-gpLarge.jpg)
Apesar de admitir uma queda de produção nos últimos anos, a equipe brasileira de ginástica rítmica descarta estar em um momento de dificuldade. A palavra que usam para o Pan-Americano de Guadalajara, a partir das 18 horas de hoje, é "recomeço", tanto no individual como no conjunto.
A primeira a entrar no tablado é a ginasta de Toledo Angélica Kvieczynski, nas disputas de arco e bola individual. Aos 20 anos, ela disputa seu segundo Pan. No Mundial de Montpellier, na França, no mês passado, ficou na 66.ª posição, melhor entre as brasileiras. O problema é ter caído 46 posições em relação ao Mundial de 2010, no qual surpreendeu com um 20.º lugar.
"Ainda sentiu o joelho, mas pegou muito ritmo no Mundial. Treinou muito bem e vamos ver se conseguimos que ganhe um ouro inédito na categoria dela", fala a técnica da seleção individual, a paranaense Anita Klemann.
Ela se refere à cirurgia que Angélica fez no final de 2010 e resultou em uma trombose, que a tirou dos treinos por meses. "Mas mantivemos as séries que ela fez no Mundial. Na bola, uma série, agressiva; já no arco, uma série mais lenta. Na fita, uma coreografia com música espanhola. E, nas massas, uma coreografia muito bonita", conta a treinadora.
Uma forte concorrente também está às voltas com lesões: a ginasta Cynthia Valdez, 35.º lugar no Mundial, sente dores no tornozelo esquerdo. Mas, nascida em Jalisco, estado onde fica Guadalajara, terá o apoio da torcida local, que esgotou os ingressos.
No conjunto, depois do ouro no Pan do Rio-2007, que selou o tricampeonato no evento, o Brasil ficou na última colocação na Olimpíada de Pequim, em 2008.
Mudou-se a presidência da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), e uma das promessas era a retomada da modalidade. A seleção foi reformulada, treina permanentemente em Aracaju há oito meses e está calcada na juventude. No Mundial, ficou em 22.º lugar. "Estamos recomeçando um trabalho. Houve, sim, um período de declínio, mas os resultados vão começar a aparecer", afirma uma das técnicas do grupo, a londrinense Camila Ferezin. (AB)
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