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O Coritiba deverá entrar com um re­­curso hoje no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), mas a principal estratégia do clube deverá ocorrer mesmo nos bastidores. É consenso de que não aparecerão argumentos milagrosos diferentes dos apresentados ontem para que o Pleno do STJD tenha opinião diferente do exposto pela 2.ª Comissão Disciplinar. Por isso, uma movimentação política deverá começar.

Embora o assunto seja mantido em sigilo e sempre negado por todos do Coritiba após a punição recebida, Ricardo Gomyde deverá tratar do assunto em Brasília. A junta de juristas do Coxa também deverá dar sua contribuição. Além, é claro, de José Mauro Couto Filho.

O advogado carioca, aliás, parecia o menos preocupado. Já esteve em situações parecidas e conseguiu resultados significativos mesmo quando tudo parecia perdido. Foi assim, por exemplo, no caso dos banheiros químicos queimados em um Grenal de 2006, quando o Grêmio foi punido com oito jo­­gos de perda de mando de campo, mas, com o recurso, a pena caiu para três. "A tese da procuradoria é um absurdo flagrante. Vou tentar provar isso no Pleno", disse Couto Fi­­lho, que sabe melhor do que ninguém que só o tempo poderá ajudar o Coritiba nessa situação.

Foi por isso que ele tentou o adiamento do processo ontem. O recurso, ao menos, só deverá ser julgando no fim de janeiro, começo de fevereiro.

"Cabe agora respeitar a decisão, mas não concordar com ela. Va­­mos ao recurso", disse o presidente do clube, Jair Cirino. "Dias difíceis nos esperam."

Logo após o voto final de Paulo Val­­led Perry, o dirigente se levantou de sua cadeira e parecia ir em di­­reção à mesa, reclamar de alguma coisa, mas foi detido por Couto Fi­­lho. "Não fale nada, presidente, por favor. Não fale nada. Vai ser pior." Mas era só abatimento mesmo.

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