São Caetano do Sul – O Coritiba, 96 anos de história, campeão brasileiro em 1985 e 31 títulos estaduais, está muito perto de cair para a Segunda Divisão. Só uma difícil combinação de resultados na última rodada livrará o mais tradicional clube do estado do rebaixamento.

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No dramático roteiro coxa-branca desta temporada, caberá uma menção especial ao jogo de ontem, contra o São Caetano. O time do técnico Márcio Araújo deixou escapar uma consagradora vitória aos 43 minutos do segundo tempo. O duelo terminou 1 a 1. Agora, resta o milagre.

Para escapar da degola, o Alviverde precisará vencer o Internacional (que ainda tem chance de ser campeão) no Couto Pereira e torcer para a derrota do próprio São Caetano (frente ao Cruzeiro, em Belo Horizonte) ou Ponte Preta (diante do Brasiliense, em Campinas).

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Na luta direta com o Azulão há um agravante: o adversário está três pontos à frente e precisa perder com uma margem de gols que faça o time paranaense o superar no saldo de gols (-8 a -10 para os paulistas). Quem sobrar nesta luta de apenas três times irá se juntar ao Paysandu, Brasiliense e Atlético-MG – que amargaram o descenso após o término da penúltima rodada. Grêmio e Santa Cruz subiram, no sábado, à elite.

Para o desafio do próximo fim de semana com o Inter, a diretoria já anunciou uma promoção nos ingressos. O local popular custará apenas R$ 1,00, mais um quilo de alimento não-perecível. A expectativa é de 35 mil pessoas no Alto da Glória.

No embalo de quase 2 mil torcedores que percorreram 408 quilômetros de Curitiba ao ABC paulista, o Alviverde dominou completamente o decisivo duelo de ontem. Esteve com a vitória nas mãos, mas vacilou.

Desde o início, os visitantes tomaram a iniciativa da partida (marcada pela tensão). No primeiro tempo, no único lance de emoção, Caio chutou de fora da área, Sílvio Luís espalmou para o alto e Renaldo chegou livre para marcar de cabeça. O árbitro – acertadamente – assinalou impedimento no lance.

Durante a etapa final, o jogo ficou ainda mais dramático. Com o Figueirense vencendo o Brasiliense, a pressão em cima do Coritiba cresceu em progressão geométrica – pelo menos até Ricardinho entrar em ação.

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O lateral-esquerdo ganhou a jogada no meio-de-campo, passou pelos marcadores, tabelou com Caio, recebeu a bola no toque de calcanhar, ficou livre na entrada da área e chutou rasteiro no canto esquerdo de Sílvio Luís (11’). Festa da incansável torcida coritibana no Anacleto Campanella.

Em desvantagem, o time da casa partiu desordenado ao ataque. Foi o suficiente para pregar uma peça – e quando tudo já parecia definido (43’). Claudecir recebeu na área, cortou Flávio e ficou à vontade para balançar a rede. "Segunda Divisão, Segunda Divisão", entoou o pequeno público da casa.

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Em São Caetano

São Caetano 1 x 1 Coritiba

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São Caetano

Sílvio Luís; Neto (Claudecir), Tiago e Gustavo; Alessandro (Lúcio Flávio), Raulen, Paulo Miranda, Márcio Richards e Triguinho; Edílson e Dimba (Somália). Técnico: Cuca.

Coritiba

Douglas; Anderson, Flávio e Nascimento (James); Jackson (Vágner), Peruíbe, Capixaba, Caio e Ricardinho; Alcimar e Renaldo (Peabiru). Técnico: Márcio Araújo.

Estádio: Anacleto Campanella. Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva. Gols: Ricardinho (C), aos 11’, e Claudecir (SC), aos 43’ do 2.º tempo. Amarelos: Nascimento e Jackson (C); Alessandro e Raulen (SC).Público e renda: não divulgados.

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