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Em meio ao agitado mercado da bola, Reginaldo Nascimento pode se considerar uma exceção à regra. Desde 1997 no Coritiba (saiu apenas durante uma temporada em 2000), o capitão criou afinidades com o clube. E mais: garante estar sofrendo como um verdadeiro coxa-branca.

"Tenho o mesmo sentimento que um torcedor. São muitos anos nesta casa. Já tenho identidade com a camisa. É paixão mesmo...", revela. "Só uma coisa me difere da torcida: eu carrego a responsabilidade profissional de defender o clube para dentro de campo. Preciso ter essa frieza", conta, visivelmente transtornado com a má fase do Alviverde.

"As pessoas cobram muito nas ruas. Alguns pegam pesado. Outros tentam nos dar ânimo. A pergunta principal que me fazem é: ‘Por que vocês fazem isso com o nosso Coritiba?’ Eu até entendo, mas fico realmente triste. Afinal, esse time também faz parte da minha vida", diz.

Nascimento, aos 31 anos, tem tido um papel crucial dentro do grupo. Além de motivar os colegas, o jogador chegou a ser procurado pela diretoria para ajudar na busca por soluções – informação que ele não confirma. "Não tenho esse poder todo, não", solta, aos risos.

Uma passagem tende a confirmar essa versão. A direção coritibana chegou a oferecer uma premiação extra para o time evitar o rebaixamento. Após uma reunião com portas fechadas, o "prêmio" teria sido rechaçado por questões éticas. "Não chegou a existir uma proposta oficial, mas certamente nossa motivação dentro de campo é outra", fala.

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