| Foto: Sossella

Paranaense seca rivais pelo título

Além de Leandro Silva, o Paraná tem um outro representante brigando pelo título brasileiro de Supercross, categoria SX2 (250 cilindradas). É Jean Ramos, piloto da equipe curitibana Oasis Racing Team, terceiro na classificação, com 45 pontos.

Segundo colocado nas etapas de Belo Horizonte (MG) e Campo Grande (MS), Jean precisa vencer e torcer contra o conterrâneo Leandro Silva (54 pontos) e o mineiro radicado no Rio de Janeiro Swian Zanoni (52 pontos). "Nada é impossível. No momento em que você sobe em uma moto, até a última bandeirada tudo pode acontecer", diz ele.

Jean irá trocar de equipe na próxima temporada. O piloto já assinou contrato com a Honda, a principal escuderia da modalidade. "Queria dar continuidade ao trabalho, mas um desafio novo sempre motiva. Quero trabalhar muito para ir bem no ano que vem, continuar crescendo na carreira." (CEV)

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Quando era menino e ainda brincava com o irmão mais velho de corrida de moto no campinho de terra batida em frente à chácara da família, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, Leandro Silva não imaginava que a farra de moleque poderia transformá-lo em um ícone do supercross brasileiro.

O curitibano de 19 anos, que aprendeu a pilotar uma pequena motoca de 50 cilindradas antes mesmo de se iniciar na bicicleta, está bem perto de conquistar o bicampeonato brasileiro de Supercross na categoria SX2 (250 cc). O título pode até vir por antecipação, em casa, hoje, na etapa de Curitiba. A primeira bateria começa a partir das 18 horas, na pista artificial montada no Marumby Expo Center, na Vila Lindóia. As finais estão programadas para as 20 horas.

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Para dar a volta olímpica perto dos fãs, Leandro terá de contar com uma ajudinha do destino. Líder com 54 pontos, o paranaense precisa vencer e torcer para que o mineiro Swian Zanoni, segundo colocado com 52 pontos, não pontue. "É quase impossível", reconhece Leandro, que há 12 dias, em São José (SC), ergueu o troféu do Nacional de Arena Cross, espécie de Supercross com menos dificuldades.

A decisão deverá ser adiada para o dia 15 de dezembro, em Jundiaí (SP), por causa de um item do regulamento, chamado informalmente de "descarte". Cada piloto pode desprezar o seu pior resultado na temporada. Leandro já recorreu ao descarte a que tinha direito.

O curitibano não participou da primeira etapa, em Belo Horizonte (MG), em setembro, porque estava representando o Brasil no Nações, a Copa do Mundo do Motocross – pela primeira vez na história, a equipe verde-e-amarela, composta também pelo mineiro Antônio Jorge Balbi Jr. e pelo goiano Wellington Garcia Matos, chegou à final, terminando no 16.º lugar. "Eu ainda não sei qual será o pior resultado do Swian, por isso não adianta ficar fazendo contas", afirma ele.

Mesmo que não consiga tomar o banho de champanhe em casa, Leandro não esconde que é o favorito a fechar o ano com a faixa de campeão. Título ameaçado por um grande susto.

Por pouco uma vaca não comprometeu os planos do piloto. Em maio, ele se machucou gravemente após trombar, a 70 km/h, com o animal durante um treino, em São José dos Pinhais. A vaca morreu no local. O piloto foi levado em coma para o Hospital Cajuru, em Curitiba. Ele lesionou o ombro esquerdo, perdendo o movimento do braço por alguns dias.

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Campeão brasileiro de Motocross nas categorias MX1 (450 cc) e MX2 (250 cc), o piloto pode estar se despedindo das pistas nacionais. A busca por desafios deve levar o curitibano novamente aos Estados Unidos. Ele já tentou, sem sucesso, fazer a América duas vezes, em 2002 e 2004. Agora, com a ajuda da Honda, Leandro espera completar o planejamento, indo competir com os melhores do mundo. Mas, antes, tem a disputa do título nacional no caminho do "Rei das motos" paranaense.

Serviço: A 4.ª etapa do Brasileiro de Supercross ocorre no Marumby Expocenter (Wenceslau Braz, 1.064). Os portões serão abertos às 13 h, com treinos às 14 h e às 18 h e a prova, às 20 h. Os ingressos custam R$ 20 (no local e lojas AMPM).