Vice-líder de desarmes do Brasileiro – foram 52 até o início da 14.ª rodada –, o volante atleticano Otávio ainda está devendo uma estatística especial ao pai, o estivador Osveraldo da Silva Santos, 42 anos.
Meia e goleador quando surgiu nas categorias de base do CRB, em Maceió, o alagoano de 21 anos ainda não balançou a rede como profissional. Feito que a família comemoraria muito, mesmo que apenas pela televisão, no jogo deste domingo (19), às 11 horas, contra a Chapecoense, na Arena da Baixada.
“Acho que o treinador [Milton Mendes] prende muito ele”, corneta Osveraldo, que observou de longe a evolução do filho como jogador. “Ele aprendeu a ser volante aí [em Curitiba]. Era era mais um meia que fazia muitos gols, tinha boa visão de jogo e também lançava bem. Roubar a bola não era a dele”, confessa.
Se o desarme não era sua principal característica, aprender a marcar virou praticamente obrigação quando Otávio chegou no CT do Caju, em 2009. Levado por um amigo da família para um teste, foi aprovado logo de cara. Mas só conseguiu permanecer porque teve a simpatia das comissões técnicas com quem trabalhou na base. O técnico Pedrinho Maradona, por exemplo, evitou que fosse dispensado duas vezes.
A determinação em realizar o sonho de infância e se tornar jogador, contudo, contou ainda mais. “Quando o Tavinho foi para Curitiba pela primeira vez, com 14 anos, recebeu passagens de ida e de volta. Não quis pegar a de volta e me disse: ‘Painho, estou indo para não voltar mais’”, relembra Osveraldo.
Integrado ao elenco principal há um ano e meio, Otávio já acumula 54 partidas pelo Rubro-Negro. Titular mesmo, só a partir da terceira rodada, substituindo o lesio-nado Deivid. Aproveitou a chance e não saiu mais da equipe.
A boa fase do volante, que tem contrato até 2017, rendeu até uma campanha de sua assessoria nas redes sociais por uma oportunidade na seleção olímpica. Caso a chance venha, porém, a mãe do jogador tem um pedido.
“Estão chamando ele de Compadre Washington, mas o Tavinho é bonitinho. Peço todo dia para ele cortar o cabelo e tirar o cavanhaque, mas ele só me enrola”, diz Michele Santos, 39, que também sabe fazer marcação cerrada com o filho, que já é casado pai de Arthur, de dois anos. “Nos falamos de manhã, de tarde e de noite”, garante.
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