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Boneco de cera do tenista Rafael Nadal. Espanhol pode superar Björn Borg em Paris | Andrew Cowie/ Reuters
Boneco de cera do tenista Rafael Nadal. Espanhol pode superar Björn Borg em Paris| Foto: Andrew Cowie/ Reuters

Bellucci

O brasileiro, que busca em Paris uma vaga nos Jogos de Londres, estreia contra o sérvio Viktor Troicki, 28º cabeça de chave do torneio. Se fracassar, corre o risco de ficar de fora da Olimpíada.

Se o saibro é o território de Rafael Nadal, seu trono fica em Paris, onde o tenista defende sua soberania em Roland Garros, com início hoje. É ele quem reina no mais glamoroso Grand Slam, o único no piso preferido do Touro, apelido e marca registrada do número 2 do mundo. Um símbolo de força e grandeza que só mesmo o espanhol conseguiu combinar com o charme da Cidade Luz, onde alcançou por seis vezes a taça.

Mais uma e ele supera Björn Borg para ocupar sozinho o topo na capital francesa. Reduto onde soma 45 vitórias em 46 jogos – o único tropeço ocorreu em 2009. Sua estreia será, possivelmente amanhã, contra o italiano Simone Bolleli (111 do ranking).

Nadal tem ainda outra possibilidade de entrar para a história. Só Pete Sampras conseguiu conquistar sete vezes o mesmo torneio da Era Aberta. A façanha do americano foi em Wimbledon, disputa na grama inglesa que rivaliza em tradição com a terra batida de Roland Garros, e seus 120 anos completados em 2011.

A ameaça à tradição ao seu solo preferido transtornou Nadal em seu próprio país. Ele saiu de Madri este mês ameaçando não voltar se a inovação do piso smurf (menos aderente) for mantida no Master 1000 da capital espanhola. Não é com a mão suja de azul que o rei do saibro costuma erguer seus troféus, os 35 já faturados na terra batida – são 11 em quadras rápidas e 3 na grama (49 conquistas no total).

"Ele chega a Paris para se tornar o maior de todos os tempos. Uma pressão. Mas esse é o combustível de Nadal e acho que ele se torna mais forte por causa disso. A gente fica aqui imaginando quem será o próximo a conquistar sete títulos em Roland Garros", analisa o comentarista de tênis, Osvaldo Maraucci, dos canais ESPN.

Pressão distinta move o sérvio Novak Djokovic. Ele jamais conquistou o troféu francês – único Grand Slam que falta na sua galeria. "Não é fácil para o Djoko jogar como número 1 por tanto tempo. São pegadas diferentes para cada um. Um pela consagração outro com aquele pensamento: ‘tenho de ganhar isso’", comentou Maraucci.

O suíço Roger Federer completa a trinca. Dono de 16 Grand Slams, campeão em Roland Garros há três anos, o atual número 3 do ranking, entretanto, tem foco principal em Wimblendon e na Olimpíada de Londres. "Mas ele sempre pode aprontar", completou o comentarista.

Para a sorte do espanhol, ele só encararia um dos dois rivais em uma eventual decisão – não antes disso.

Para o ex-tenista e também comentarista da ESPN Fernando Meligeni, dos três gigantes, o espanhol é o grande favorito. "Apostar contra ele lá é quase um suicídio. Seu jogo foi fabricado para essa quadra e para jogos dramáticos. Para ganhar Paris você tem de ter muito físico, muita paciência, muita força mental, saber se adaptar a diferentes climas e algumas ventanias. E, mais importante que tudo isso: ser frio na hora de ganhar", define.

E completa: "[Roland Garros] é a cara dele, certo? Como ele venceu tantas vezes seus adversários já entram com uns 3/0 atrás no primeiro set. Quem disse que camiseta não ganha jogo? Com ele isso acontece quase sempre", postou em seu blog.

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