Um dia após a conquista da medalha de ouro nos 60 metros rasos no Campeonato Europeu Indoor, o velocista Dwain Chambers recebeu uma má notícia: não poderá defender seu país na prova do revezamento 4x100 metros rasos do Mundial de Atletismo em pista aberta, que será disputado em agosto, em Berlim, na Alemanha.
A justificativa dada pela Federação Britânica de Atletismo (UKA, na sigla em inglês), no entanto, foi técnica, e não citou o envolvimento do atleta com doping - ele ficou suspenso de 2003 a 2005. "Pensamos em colocá-lo no revezamento, mas suas chances de evoluir são limitadas para que ele possa treinar convenientemente num ambiente coletivo", disse o director técnico da entidade, Charles van Commenee.
Chambers, que lança nesta segunda-feira sua autobiografia, na qual relata com detalhes o uso de substancias ilegais, já havia sido proibido de disputar os Jogos Olímpicos de Pequim, no ano passado, porque o Comitê Olímpico Britânico aplica punições para o resto da vida em caso de doping.
No domingo, em Turim, Chambers venceu os 60 metros rasos no Europeu com 6s46. Um dia antes, nas semifinais, havia batido o recorde continental da distância, com 6s42 - apenas três centésimos acima do recorde mundial, de 6s39, marcado duas vezes pelo americano Maurice Greene, em 1998 e 2001.
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