Os remédios antidepressivos que toma desde que descobriu ter transtorno bipolar podem fazer com que Jihad Kohdr perca o bicampeonato brasileiro, conquistado no último domingo, no Rio de Janeiro. Sorteado para o antidoping, o paranaense não fez o exame porque ficou com medo de ser flagrado. Seria punido, mas ganhou nova chance. A premiação da etapa - R$ 5 mil - e o carro que ganhou pelo título da temporada foram retidos pela Associação Brasileira de Surf Profissional (Abrasp).
Após o título, Jihad falou sobre o transtorno bipolar. Ele descobriu a doença no fim do ano passado, após o episodio da deportação dos Estados Unidos. Desde então, toma remédios de tarja vermelha, receitados por seu psiquiatra.
Jihad se baseou numa brecha da regra que permite ao surfista não fazer o exame. Mas, na terça-feira, soube que a não realização implica na mesma punição dada a quem é flagrado.
O surfista enviou uma carta à Abrasp pedindo desculpas e uma chance para fazer o exame. O conselho da entidade aceitou. O antidoping foi feito nesta quarta-feira, em Itajaí (SC), onde o surfista disputa a etapa seis estrelas da divisão de acesso mundial (WCT).
O livro de regras da Abrasp prevê perda de pontos, premiação, multa e suspensão por até dois anos. O último caso de doping no surfe foi em 2005, quando Neco Padaratz foi flagrado com anabolizantes em uma das etapas do Circuito Mundial, o WCT. Ele pegou uma suspensão de dois anos.
- No dia, não conseguimos falar com o médico dele. Na dúvida, optamos por não fazer. Mas fomos mal orientados. Erramos. Deveríamos ter feito e, se aparecesse alguma coisa, iríamos provar que era tudo com receita médica diz Rodrifo Tusca, treinador do surfista.
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