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Desfalques, campanha ruim, ameaça de entrar na zona de rebaixamento e um time notoriamente limitado. Problemas não faltavam para o Paraná no clássico contra o Coritiba, domingo, em Paranaguá. Mas não é que o técnico Marcelo Oliveira deu um jeito de montar uma equipe competitiva e bateu o rival por 1 a 0.

Como o treinador disse depois do jogo, foi preciso ter a humildade de primeiro marcar o Alviverde para depois pensar em vencer. A equipe da Vila Capanema montou uma verdadeira muralha no meio e na defesa, praticamente anulando Rafinha, Enrico, Marcos Aurélio e Ariel.

Sem contar com os alas Murilo e Guaru (ambos operados), além do polivalente Pará (também machucado), Oliveira priorizou a defesa. Na lateral-esquerda, improvisou o zagueiro Diego Correia e na direita lançou o garoto Jéferson. Ambos deram conta do recado. Correia deu até o passe para o gol de Márcio Diogo.

No entanto, a estratégia para anular o rival foi o maior destaque no litoral. Luiz Camargo, João Paulo e Edimar (substituiu o lesionado Chicão aos 12 da etapa inicial) formaram um sólido cinturão à frente dos zagueiros. Lá atrás, Luís Henri­­que e Irineu não vacilaram no miolo da zaga e contaram quase sempre com o apoio de Diego Correia – o mais versátil do clássico.

Apesar do exército para marcar, ao contrário do que poderia parecer, o Paraná não ficou órfão quando pensava em atacar. Márcio Diogo e Mar­­celo Toscano estavam inspirados, e, por mais que Élvis e depois Éverton (entrou aos 16 do segundo tempo) não es­­tivessem tão bem assim, o ti­­me da Vila foi sempre mais pe­­rigoso do que o Coxa.

Resta saber se jogando contra uma equipe que não parta tanto para o ataque (deve ser o caso do Cerâmica-RS, pela Copa do Brasil, amanhã, na Vi­­la Capanema), os paranistas vão ter o mesmo desempenho tendo de puxar para si a responsabilidade de atacar.

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Operário-padrão - Diego Correia (Paraná)

Originalmente zagueiro, foi muito bem como lateral-esquerdo no clássico. Porém, engana-se quem pensa que o defensor ficou só na marcação. Apoiou o ataque pela ala e pelo meio. Em uma de suas investidas deu o passe para o gol.

Professor Pardal - Antônio Lopes (Atlético)

O "prêmio" fica com o Delegado por não conseguir montar uma equipe capaz de jogar mais do que o Nacional de Rolândia, vice-lan­­terna do Estadual. Faltou criativida­­de no meio, avanço dos alas e eficiência ao ataque.

Gênio - Marcelo Oliveira (Paraná)

O técnico tricolor deu a volta por cima no Paratiba. Com uma equi­­pe desestruturada, abalada, li­­mitada e desfalcada, conseguiu derrubar o último invicto da competição. Destaque para a forte marcação.

Peladeiro - Dirceu (Coritiba)

Acostumado a ser zagueiro desde o ano passado, teve de voltar a ser volante no Paratiba. Na ver­­dade, ele não sabia se era zagueiro ou volante em Paranaguá. Envolvido por Marcelo Toscano e Márcio Diogo, foi substituído no intervalo.

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