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Quarterback Drew Brees abraça o técnico do New Orleans Saints Sean Payton, depois da conquista do Super Bowl XLIV, em Miami, Florida | Pierre Ducharme / Reuters
Quarterback Drew Brees abraça o técnico do New Orleans Saints Sean Payton, depois da conquista do Super Bowl XLIV, em Miami, Florida| Foto: Pierre Ducharme / Reuters

Recuperação, renascimento, ressurreição. Não faltam adjetivos para descrever a história do Super Bowl 44. Na noite deste domingo, no Sun Life Stadium, em Miami, o New Orleans Saints colocou um ponto de exclamação em sua saga redentora ao bater o Indianapolis Colts por 31 a 17. Cinco anos após ver sua cidade destruída pelo furacão Katrina, a equipe de Nova Orleans conquista seu primeiro título da NFL e chega ao topo do futebol americano.

Se a conquista é uma volta por cima para a cidade, o mesmo pode ser dito sobre o quarterback do time, Drew Brees. Também em 2005, uma lesão no ombro direito quase acabou com a carreira do jogador, hoje com 31 anos. Ele acabou ficando sem contrato na equipe em que jogava, o San Diego Chargers, e não podia imaginar que, meia década depois, seria campeão.

Brees igualou um recorde do Super Bowl com 32 passes completados, sendo o último para Jeremy Shockey selar a vitória a 5m42s do fim. Eleito o MVP da partida, o quarterback sabia que a história de superação de Nova Orleans faria a torcida pelos Saints extrapolar fronteiras.

"Nós apenas acreditamos em nós mesmos e sabíamos que tínhamos uma cidade inteira nos empurrando, quem sabe até um país inteiro. Eu passei muito tempo imaginando como seria este momento, e ele é muito melhor do que eu esperava", festejou Brees.

Até dentro do Super Bowl os Saints foram obrigados a reagir. O período inicial foi todo do time de Indianápolis, que fez o primeiro touchdown da partida a 36 segundos do fim. Um passe perfeito de 19 jardas saiu das mãos do craque Peyton Manning e encontrou Pierre Garcon a caminho da end zone. A primeira parcial terminava ali, com 10 a 0 para os Colts.

Os Saints pontuaram pela primeira vez no field goal de Garrett Hartley, a 9m34s do fim do segundo período. Antes do intervalo, a equipe de Nova Orleans conseguiu cortar um pouco mais a vantagem e chegou à metade da partida perdendo por 10 a 6.

No intervalo, a banda de rock britânica The Who levantou a torcida no Sun Life Stadium lotado. No retorno à partida, a primeira reviravolta. A 11m41s do fim do terceiro período, Drew Brees lançou para Pierre Thomas, que escapou da marcação perto da end zone e fez o touchdown. Com 13 pontos consecutivos, o New Orleans virou para 13 a 10, enquanto Thomas dançava à beira do campo e incendiava a torcida.

A resposta, no entanto, veio rápido. Os campeões da Conferência Americana fizeram outro touchdown com Joseph Addai a 6m15s do fim do terceiro quarto, virando o placar novamente para 17 a 13. Os Saints encostaram antes da virada para o último período, deixando o placar em 17 a 16.

O Indianapolis teve a chance de ampliar o placar, mas errou um chute, e as viradas continuaram no quarto final. Jeremy Shockey cruzou a end zone e, com o touchdown, colocou os Saints à frente por 22 a 17. Na sequência, Lance Moore recebeu o passe saltando de dentro da end zone, e após muita polêmica com a arbitragem, foram confirmados mais dois pontos para o time de Nova Orleans: 24 a 17, na marca de 5m35 para o fim.

No desespero por um touchdown salvador, Peyton Manning não conseguiu conectar seus lançamentos. Para piorar sua situação, o craque teve um passe interceptado por Tracy Porter, que correu 74 jardas e, para o delírio da torcida, fez o touchdown redentor para garantir a vitória dos Saints a pouco mais de três minutos do fim.

Enquanto o técnico Sean Payton levava o tradicional banho de energético, Manning deixava o campo cabisbaixo. Com a chuva de papel picado, New Orleans renasceu.

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