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 | Marcio Mercante/Agência O Dia
| Foto: Marcio Mercante/Agência O Dia

A nossa retrospectiva

Fim de ano traz o obrigatório ritual da reflexão e da projeção. Reflexão sobre tudo o que foi feito nos 12 meses anteriores. Projeção daquilo que pode melhorar nos 12 seguintes. É seguindo essa lógica que a Gazeta do Povo Esportiva de hoje foi concebida. Uma edição especial, com o melhor e o pior de um ano de trabalho duro para quem cobre esporte.

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2 gols olímpicos

O meia Petkovic marcou no Campeonato Brasilei­ro. Um contra o Palmeiras, outro contra o Atlético-MG. Contratado pelo Fla­­mengo como parte do paga­­­mento de uma dívi­­­da trabalhista, Pet coman­­­dou o Urubu na conquista do título nacional.

No dia 4 de outubro, o Fluminense perdeu o Fla-Flu por 2 a 0 e foi dado como morto no Campeonato Brasileiro. A 11 rodadas do fim, era o lanterna, afundado sete pontos na zona de rebaixamento e com 1% de chance de seguir na Série A.

A partir dali, iniciou uma das mais espetaculares arrancadas do futebol nacional. Foram sete vitórias, quatro empates e nenhuma derrota. Fred virou símbolo da reação da equipe. Acusado de chinelinho, o atacante fez oito gols na arrancada tricolor – estendida à Sul-Americana, em que o clube ficou a um gol do título. No banco de reservas, a vitória pessoal do técnico Cuca. O estigma de perdedor definitivamente virou pó com o título do Carioca pelo Flamengo e, principalmente, pela ressurreição tricolor (foto 1).

A regra não é clara - 30% (foto 2)

A arbitragem errou além da conta no Brasileiro de 2009. Pequenos, médios ou grandes, houve equívocos do apito para todos os gostos. O paranaense Evandro Roman chegou a pegar um gancho pela sua atuação na derrota do Cruzeiro para o Palmeiras, por 2 a 1, no Mineirão. O clube paulista ainda esteve envolvido em dois outros jogos para o apito nacional esquecer. No Maracanã, só Carlos Eugênio Simon viu uma falta de ataque de Obina na derrota por 1 a 0 para o Fluminense. Dias depois, no Palestra Itália, Elmo Resende errou ao dar impedimento em um lance legítimo do ataque palmeirense. E errou mais ainda ao validar o gol depois de seu apito ter feito a defesa do Sport desistir do lance. O 2 a 2 deu sobrevida ao Porco, rebaixou o Leão e envergonhou ainda mais a arbitragem nacional.

Viva o Gordo - 22% (foto 3)

Após 15 temporadas na Europa, Ronaldo voltou a jogar futebol no Brasil. Vista com desconfiança, a contratação do Fenômeno se pagou em todos os sentidos. O nome do Corinthians ganhou projeção internacional inédita. A camisa do clube recebeu tantos patrocínios que chegou a parecer um abadá. E o clube cumpriu suas metas dentro de campo. Ganhou o Paulistão. Também levantou a Copa do Brasil, passaporte para disputar a Libertadores no ano do centenário. O Fenômeno balançou a rede 23 vezes. Mesmo abaixo da meta de 30 para a temporada, não teve do que reclamar. E claro, não faltaram polêmicas, como a lipoaspiração e as gozações das torcidas rivais após a morte do travesti Andrea Albertini, com quem ele se envolveu em confusão no ano passado.

O errado deu certo - 10% (foto 4)

O Flamengo fez tudo errado. O time carioca montado no início do ano fracassou, teve de ser refeito ao longo do campeonato. O atacante Adriano, a grande contratação, acabara de revelar a intenção de deixar o futebol, estava fora de forma e desmotivado. Mesmo assim, tinha privilégios. O meia sérvio Petkovic, o reforço-surpresa, foi incorporado ao elenco como parte do pagamento de uma dívida trabalhista do clube com ele. Andrade assumiu interinamente o time após a queda de Cuca, e foi ficando. Até pelo tropeço constante dos rivais, tudo certo. Com uma arrancada incrível no segundo turno, subiu do sétimo lugar, a oito pontos do líder, para conquistar o título brasileiro. Algo que a maior torcida do país não comemorava desde 1992.

Sobrando - 4% (foto 5)

Júlio César; Maicon, Lúcio e Juan e André Santos; Gilberto Silva, Felipe Mello, Ramires e Kaká; Robinho e Luís Fabiano. Com uma dúvida na lateral-esquerda, outro no meio e talvez na posição mais flutuante do ataque, essa será a seleção brasileira na Copa do Mundo da África. Base montada nas Eliminatórias sul-americanas. Em 2009, o técnico Dunga a deixou para trás a instabilidade do ano passado. Coroou a classificação com um incontestável 3 a 1 sobre a Argentina, em Rosário, no jogo mais aguardado do ano. Resultado que deixou o Brasil com um pé na África do Sul e quase tirou os hermanos do Mundial.

Yes, we can - 3% (foto 6)

Não poderia ter sido melhor o teste da seleção brasileira para a Copa do Mundo do ano que vem. Com um contra-ataque mortal, uma goleada sobre a Itália e uma virada incrível na final, contra os Estados Unidos (transformando em 3 a 2 uma derrota por 2 a 0), a seleção de Dunga conquistou o título da Copa das Confederações, na África do Sul. Na festa, os jogadores ajoelharam no centro do gramado e fizeram uma reza coletiva nunca antes vista na história do futebol mundial. A celebração chocou a Fifa, que prometeu coibir novas manifestações do gênero.

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