René aproveita recuperação para defender dirigente

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O momento era ideal. Depois de ver o Coritiba emendar a sua segunda vitória seguida no Brasileiro, sábado, por 1 a 0, sobre o Náutico, no Recife, o técnico René Simões saiu em defesa do diretor de futebol Homero Halila.

O dirigente vinha sendo constantemente criticado, especialmente pela Torcida Império Alviverde – organizou um protesto contra ele e o presidente Jair Cirino antes do jogo com o Flamengo – e por membros do Conselho Deliberativo, que chegou a cogitar a criação de uma comissão para fiscalizar seu trabalho no clube.

"(O resultado) é bom para o Homero. Não tenho procuração para defendê-lo nem conhecimento suficiente para dizer ‘esse homem sabe de tudo’. Mas, neste pouco tempo, posso afirmar que é uma pessoa correta", ressaltou o treinador. "(A vitória) vai dar um pouco de gás para ele trabalhar", acrescentou.

Halila preferiu contemporizar. Repetiu o discurso usado no momento mais agudo da crise, quando o time ficou cinco rodadas sem vencer no Nacional, com quatro derrotas. "Avalio com muita tranquilidade essa chamada pressão. No futebol é assim mesmo, vivemos de resultado. Era natural a pressão da torcida, a gente também não estava satisfeito. Agora as coisas entraram no eixo. É bola para frente", minimizou o cartola.

Mas não foi só em favor da diretoria que René discursou. O técnico enalteceu o rendimento de vários atletas do elenco, os mais cobrados na gestão Ivo Wortmann. "Quando cheguei aqui (24/4), o Márcio Gabriel era questionado, o Pereira, o Vicente, o Pedro, o Ariel... Todos eles provaram que são jogadores de time grande. Não estão fazendo pela metade, mas sim por inteiro", comentou o técnico, aproveitando a fase de alta para pedir a contratação de mais um jogador experiente. "Para dividir a liderança com o Marcelo (Paraíba)", justificou.

No embalo do comandante, Pereira também avaliou as reclamações que acompanharam o Coritiba por causa dos insucessos no Estadual e na Copa do Brasil. "O que o atleta profissional mais busca é o reconhecimento. As pessoas acham fácil, mas não é. Somos constantemente cobrados. Às vezes pegam pesado, faltam com o respeito. Por isso os elogios são tão gratificantes", explicou o defensor.