René Simões pula no colo do zagueiro Felipe: comemoração do triunfo alviverde no Atletiba parecia celebração de conquista de título| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Avassalador no início, Coxa tem momento de hesitação, mas prevalece no fim do clássico

Os 1.400 coxas-brancas que foram à Baixada acompanhar a 339ª edição do principal clássico do futebol paranaense se surpreenderam com o que viram. A começar pela presença no banco de René Simões – a informação inicial era de que o auxiliar Édison Borges ficaria no gramado. As novidades continuaram na escalação. Mancha voltava a ser volante, sua posição de origem. O "exilado" Pereira reapareceu entre os titulares e o contestado Ariel seguiu no time.

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Marcelinho pediu René no banco

Anunciado oficialmente na sexta-feira como novo técnico do Coritiba, René Simões, que iria acompanhar o Atletiba de um dos camarotes da Arena, decidiu ficar no banco, próximo ao time. Segundo seus comandados, teve papel fundamental na convincente vitória por 4 a 2.

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René despista, mas time admite uso de site rival como motivação

Após o Atletiba, a sala de imprensa na Arena parecia mais a do Couto Pereira. Enquanto poucos jornalistas aguardavam os atleticanos, nove câmeras e cerca de 30 profissionais de imprensa se apertavam para esperar o técnico René Simões e os jogadores do Coritiba. Um dos assuntos mais comentados era o equívoco ocorrido no site oficial do Atlético, que durante algumas horas, entre a tarde de sábado e a manhã de ontem, estampou material sobre o título rubro-negro, previsto para entrar no ar somente em caso de conquista.

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Geninho reclama do alto-falante

A real chance de virar o Atletiba no segundo tempo (após conseguir o empate depois de estar perdendo por 2 a 0) foi prejudicial para o Atlético. Essa é a opinião do técnico Geninho, que preferia ter a vantagem do empate na última rodada (diante do Cianorte) em vez de arriscar o título paranaense antecipado com um triunfo sobre o Coritiba e a derrota do J. Malucelli para o Nacional.

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Coritiba: Faltam 168 dias

... Em 1930, na partida de abertura do Campeonato Regional, o atacante Carnieri (João Domingos Carnieri) estreia no Coritiba e faz um dos gols da vitória sobre o Palestra Itália, por 2 a 1.

... Em 1941, o Coritiba estreia no Campeonato Regional goleando a equipe do Ferroviário, por 4 a 1.

... Em 1992, o Coritiba vence o Joinville, por 2 a 0, e conquista uma das vagas para disputar, no ano seguinte, a Primeira Divisão do futebol brasileiro.

... Em 1997, o Coritiba vence o Paraná Clube por 2 a 0. No segundo gol, em uma cobrança de pênalti, a bola chutada por Alex ficou presa na barra de sustentação da rede.

Visite www.historiadocoritiba.com.br e conheça mais a respeito do passado alviverde.

Confira a ficha técnica do Atletiba
Confira a atuação dos jogadores do Atlético
Confira a atuação dos jogadores do Coritiba

Diz a sabedoria popular que não costuma trazer sorte comemorar antes da hora. Pois bem. Ontem, sem ainda ter sacramentado em campo a conquista do título estadual, o site oficial do Atlético já estampava um material especial contando os detalhes da virtual 22ª conquista regional rubro-negra.

"O importante foi ter conquistado o campeonato. Agora, todos estão mais tranquilos e com o sabor de dever cumprido", afirmava Rafael Moura, em um dos artigos que deveriam ser publicados somente após o jogo, mas acabaram vazando antes da hora. Faltou combinar o enredo com o Coritiba.

Motivado pela volta olímpica virtual e pela presença no banco de reservas de René Simões, o Coxa venceu o Atletiba de número 339: 4 a 2, com gols de Marcelinho Paraíba, Marcos Aurélio, Ariel e Marlos. Rafael Moura e Marcinho balançaram as redes do lado vermelho e preto.

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Triunfo que o Alviverde não conquistava dentro da Arena há oito anos. E mantém o clube com chances de ser campeão paranaense na temporada do centenário.

Por causa da derrota do J. Malucelli para o Nacional por 1 a 0, o Coritiba pulou para a segunda posição do octogonal, com 14 pontos. Mesma marca do Atlético, líder segundo os critérios de desempate. O Jotinha é o terceiro, com 13. Os três chegam à última rodada, no próximo fim de semana, brigando pela taça. O Furacão, contudo, é o único a depender só de si para vestir a faixa. Basta uma vitória sobre o Cianorte, dentro de casa. Já ao Coxa resta obter três pontos sobre o time de Rolândia, no Alto da Glória, e secar o rival. O Malucelli torce por tropeços dos dois e tenta fazer sua parte perante o Paraná, no Ecoestádio.

"É muito complicado quando se mexe com o brio dos jogadores", afirmou o zagueiro Pereira. Encostado por Ivo Wortmann e criticado por parte da torcida, o defensor foi peça-chave no desempenho da equipe. "Continuei treinando. Tinha certeza de que iria jogar bem."

René, contudo, preferiu diminuir a importância da trapalhada virtual. "Isso é normal. Não podemos nos preocupar com o que o Atlético faz ou diz", comentou.

O treinador, apresentado apenas na sexta-feira, dividiu as glórias da vitória com o auxiliar Édison Borges, responsável por moldar o novo Coritiba, com Pereira na zaga; Mancha e Donizete como volantes; e Ariel de centroavante.

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Intrigado com a falha de comunicação, Geninho deve cobrar providências da diretoria. "Eu também usaria. O oba-oba antecipado nem sempre é confirmado."

A assessoria de imprensa rubro-negra alegou que um hacker invadiu e modificou a página do clube.

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Craque

Marcelinho Paraíba

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Jogando livre, especialmente no primeiro tempo, o meia-atacante coordenou as principais jogadas de ataque do Coritiba.

Bonde

Netinho

Mais uma atuação ruim. Criticado, vaiado e sacado no intervalo.

Guerreiro

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Pereira

Saiu do ostracismo com uma atuação acima da média. Não deu espaço para os atacantes do Furacão.

As chaves do jogo

Trapalhada virtual

O site do Atlético põe no ar antes da partida material falando do título estadual. As informações foram usadas por René Simões na preleção.

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René, o iluminadoRené decide ficar no banco de reservas, atendendo a um pedido dos jogadores. Sua presença ao lado do campo motivou ainda mais o time.

Escalações

Geninho errou ao optar por uma formação mais experiente; René e Édison Borges alteraram (bem) o time de Ivo Wortmann.