Único clube paranaense que teve jogo do Campeonato Brasileiro apitado por Edílson Pereira de Carvalho, o Coritiba pode ganhar posições na classificação com a anulação de 11 partidas da competição. O árbitro, que confessou envolvimento com a máfia de apostas na internet, mediou a derrota do Coxa para o Inter por 3 a 2, no dia 20 de agosto. A remarcação do confronto conduzirá o Alviverde para a 11.ª posição, sem levar em conta os resultados de ontem, na abertura da 29.ª rodada do Nacional.
Por isso a anulação dos jogos, que deve ser confirmada hoje pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), tem total apoio da diretoria alviverde. O presidente Giovani Gionédis vê a repetição dos confrontos como a única maneira de "salvar a credibilidade do futebol brasileiro".
"Um árbitro errar em uma partida de futebol é normal, é humano. Mas quando ele confessa que os erros eram premeditados para beneficiar o jogo clandestino, a anulação passa a ser a única maneira de não perdermos a credibilidade", afirma o dirigente, que reclama de três pênaltis (dois a favor, não marcados, e outro contra) na partida do Beira-Rio.
"Quando estava 1 a 0 (para o Inter) ele não deu um pênalti claro em cima do Caio. E o pênalti para o Inter foi fora do lance. Alguns árbitros dão, outros não", acrescentou.
O discurso de Gionédis reflete a reação geral à iminente repetição dos jogos. Em regra, quem pode sair no lucro quer jogar de novo. Quem será prejudicado, reclama.
"Se for comprovada má-fé do árbitro tem de haver outros jogos", afirma o meia Róger, do Corinthians, que perdeu por 3 a 2 para o São Paulo e 4 a 2 para o Santos com Edílson no apito.
"O problema não são os dois jogos em si (Ponte Preta e Corinthians), mas o desgaste que toda essa operação envolve. É uma concentração a mais que precisamos ter", diz Paulo Autuori, técnico do São Paulo, que além da vitória sobre o Timão teve a derrota por 1 a 0 para a Ponte Preta conduzida por Edílson.
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