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 | Divulgação / AMG Motorsports
| Foto: Divulgação / AMG Motorsports

Confira como é dar uma volta em um Stock Car no Autódromo Internacional de Curitiba

Imagine-se voando baixo, a quase 220 km/h, percorrendo todo o traçado do circuito Raul Boesel – no Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais – num ritmo alucinante, com curvas de alta velocidade e testemunhando a habilidade e destreza de um piloto 12 vezes campeão brasileiro de Stock Car. Imaginou? Este repórter da Gazeta do Povo não só imaginou, como viu de perto, mas tão perto, que o cheiro da gasolina e do pneu queimado não se dissiparam até agora.Não o cheiro literal, mas sim a sensação de se sentir um piloto e ir mais rápido do que a maioria das pessoas foi ou irá durante toda a sua vida. Em uma ação promovida neste sábado (11) pela equipe AMG Motorsport chamada "Volta Rápida", logo após o treino classificatório para a 2ª etapa da Copa Nextel de Stock Car, jornalistas e convidados tiveram o privilégio de sentar ao lado do supercampeão Ingo Hoffmann (aposentado desde ano passado) e da jovem promessa curitibana Lico Kaesemodel em uma volta rápida no AIC.

A aventura

Desde que a oportunidade me surgiu, fique empolgado. Confesso que neste mesmo momento também fiquei preocupado, pensando se o meu corpanzil de cento e alguns quilos caberia no banco esportivo do Astra V8 da equipe AMG (modelo do ano passado). Mas a ansiedade de "pilotar" em alta velocidade superou qualquer temor e expectativa.

O belo e quente dia de sol, que surpreendeu até aos pilotos acostumados a corridas chuvosas e úmidas da região, deu a acolhedora Pinhais um clima excelente para acelerar. Enfileirados, eu e mais alguns convidados, esperávamos ansiosos pela chance de estar dentro de um Stock Car pela primeira vez. A cara "embasbacada" e o sorriso de deslumbramento dos que desciam do carro a cada volta nos deixavam ainda mais nervosos.

Nervosos no bom sentido. Na expectativa mesmo. O barulho ensurdecedor dos motores V8 deixavam o clima ainda mais empolgante. Os cheiros, as sensações e até os equipamentos da "brincadeira" (balaclava e capacete) faziam eu me sentir um piloto. Mais um entre eles. Mais um entre meus pares de "boléia".

Lico Kaesemodel e Ingo "Alemão" Hoffmann comandavam a festa e brincavam com os participantes. Eu, ainda na fila, vi o "Alemão" sair cantando pneu e provocando os seus acompanhantes. O pessoal do staff e os mecânicos rolavam de rir da quase certa cara assustada dos participantes dentro dos carros e da risada marota do veterano piloto.

Na minha vez, meu maior medo se desfez logo que entrei no Astra pilotado pelo "Alemão": eu coube no banco. Está certo que precisei ter, literalmente, jogo de cintura para me encaixar ali, mas bem acomodado e seguro no banco do carona, cumprimentei meu motorista supercampeão, fiz o sinal da cruz e liguei a câmera.

Pura emoção

Dá para ver claramente nas imagens que ilustram este texto que só a arrancada já vale a emoção, tanto é que mal consegui segurar a câmera. A velocidade, a "violência" das curvas e a sensação de estar voando baixo prejudicaram muito a estabilidade das minhas imagens. Mas, com boa vontade, dá para sentir como é percorrer uma volta no Autódromo de Curitiba em alta velocidade.

O registro em vídeo foi feito, com direito a um "positivo" do Alemão. Gesto, aliás, feito enquanto ele guiava tranquilamente, com uma mão só, enquanto eu me agarrava feito um louco em um dos tubos da gaiola que protege, dá forma e segurança aos pilotos dentro do carro para não sair voando pela porta.

O "S" de baixa, as duas retas opostas, o "S" de alta e os 3.695 metros do circuito foram devorados em pouco menos de 2 minutos. Tempo suficiente para tornar a experiência inesquecível. Não só pelas sensações, mas talvez, quem sabe, pelo "Valeu guri" falado pelo Alemão enquanto eu saía do carro.

Foi uma experiência que satisfez em mim aquele anseio de piá pela velocidade. Realizou, pelo menos um pouquinho, meu sonho de ser piloto (ou co-piloto) por um dia.

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