Filme de boxe é um gênero consagrado no cinema. Uma aproximação que iniciou há mais de 100 anos, com a exibição de lutas gravadas, e que possui extensa filmografia, com o pugilismo sendo certamente o esporte mais retratado na telona. O segredo do sucesso, dizem os especialistas, é o fato de o boxe ser o "espelho da vida", possuir, reduzidos em cima do ringue, entre as cordas, elementos para grandes narrativas.

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Dessa forma, são muitos os clássicos e, proporcionalmente, as bombas sobre o tema. No entanto, para honrar a saga de Silvester Stallone e seu Rocky Balboa – execrado por grande parte da crítica, especialmente o número IV, propaganda americana durante a Guerra Fria –, mas invariavelmente adorado pelas pessoas "normais", podemos citar algumas obras que marcaram a sétima arte, tanto de ficção como baseadas em fatos reais.

A história do pugilista Jake La Motta, vivido de forma espetacular por Robert de Niro em Touro Indomável (1980), do diretor Martin Scorsese, é certamente um dos filmes mais aclamados sobre o tema. Porém, os anos 40 e 50 são considerados a "era de ouro", marcados por Corpo e Alma (Body and Soul), com John Garfield, e Punhos de Campeão (The Set-Up), de Robert Wise.

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Mais recentemente, chamaram a atenção Ali (2001), com Will Smith na pela do lendário Muhammad Ali, e A Luta pela Esperança (2005), com Russel Crowe.

Da mesma safra, duas produções chamaram a atenção dos responsáveis pelos principais prêmios do cinema mundial. Hurricane (1999), que narra a vida de Rubin "Hurricane" Carter, lutador que passou 20 preso por um crime que não cometeu, rendeu a Denzel Washington um Globo de Ouro e uma indicação ao Oscar de melhor ator. Já Menina de Ouro (2004) arrebatou as estatuetas de melhor filme, diretor (Clint Eastwood), atriz (Hilary Swank) e ator coadjuvante (Morgan Freeman). (AP)