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Apesar da amizade com Édson Bastos, seu parceiro de quarto nas concentrações, Vanderlei não esconde a rivalidade e a “disputa sadia” pela posição | Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
Apesar da amizade com Édson Bastos, seu parceiro de quarto nas concentrações, Vanderlei não esconde a rivalidade e a “disputa sadia” pela posição| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

No momento em que renovou contrato com o Coritiba no início do mês passado, prolongando o vínculo até o fim de 2013, o go­­lei­­ro Vanderlei, 27 anos, op­­tou por seguir caminho inverso ao de muitos jogadores de sua posição.

Há três anos na reserva de Éd­­son Bastos – foi titular entre a metade de 2008 e de 2009 –, o paranaense de Porecatu, apesar das várias propostas que teve para sair, abdicou da chance de atuar com mais frequência em outro clube. Preferiu seguir como suplente, mas dentro do projeto coxa-branca.

"Estava com a opinião já mais ou menos formada. O clube me valorizou, e aí nem precisei pensar muito", explicou o goleiro de 1,95 m e 86 kg, contratado pelo Alviverde após se destacar no Paranavaí – campeão estadual de 2007. "Tenho um carinho grande pelo Coritiba, afinal já são quatro anos aqui. O clube tem estrutura, bons profissionais, bom projeto. E pensa em ir cada vez mais longe", completou ele.

A principal razão para a permanência de Vanderlei, no en­­tanto, é a mais óbvia possível. Ele quer provar, dentro de campo, que pode reconquistar a camisa 1. A busca pelo espaço, porém, é justamente contra o amigo e companheiro de quarto nas concentrações. E tem sido inglória nos últimos tempos.

"É complicado, mas tem de haver sequência. Prefiro nem ficar com isso na cabeça", disse, sobre a falta de ritmo. "Todo mundo pensa em ser titular. Hoje estou no banco, mas uma hora a oportunidade aparece", emendou o goleiro, que vê na titularidade de Bastos uma motivação para continuar a evoluir.

Apesar da amizade declarada, não é difícil de se perceber que existe certa rivalidade entre os principais arqueiros do Alviverde. Durante os treinamentos, um quer defender mais do que o outro. "Minha briga é com você, Bastos", disse Van­­derlei ao preferido de Mar­­celo Oliveira em um trabalho no início da semana. O tom era descontraído, mas a sentença resume bem a disputa pela camisa 1.

"Não gosto de perder na brincadeira de chute a gol, no baralho, no videogame... Quero sempre ganhar dele, já são quatro anos assim. Mas tudo é no companheirismo. Torço muito por ele", afirmou Vanderlei, que elogiou o momento atual do concorrente.

E a recíproca também é verdadeira. "É um jogador que tem um potencial muito grande, todos sabem disso. Sempre falo que o importante é que temos uma disputa sadia. Inde­­pen­­den­­temente de quem es­­tá jogando ou não, o clube é quem ga­­nha", ressaltou Bastos.

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