Hiroshima, Japão Quando o placar está apertado, e o time prestes a desandar, eles são chamados. O momento é delicado, mas um acerto pode transformá-los em heróis. Na seleção de vôlei de Bernardinho, a agonia e ascensão dos reservas têm contornos ainda mais agudos.
Nos últimos anos, a troca de posição entre os atletas fez o técnico dizer que comanda uma equipe com "12 titulares". No Mundial do Japão, o time segue o mesmo rumo. Agora, são os novatos Samuel Fuchs, 22, e Murilo, 25, que passam o jogo à espera da chance de mostrar que podem começar o próximo confronto na quadra.
A estréia na segunda fase é na madrugada de sábado, às 2 horas, contra os EUA. A seleção não pode perder mais se quiser depender só de si para ir às semifinais.
"Entramos quando a equipe está em dificuldade ou com um placar muito dilatado. O caso que mais esperamos é a oportunidade de poder ajudar", afirma Murilo.
No Japão, os atacantes têm a seu lado no banco um dos principais "reservas de luxo" da seleção. Anderson, 32, entrou ao lado de Ricardinho na semifinal do Mundial de 2002 e mudou o rumo da partida. Na decisão, lá estava o oposto na quadra novamente. Após a conquista do título inédito, o levantador roubou o posto de Maurício. Já Anderson ainda reveza a posição com André Nascimento, 27.
"É bom confiarem em mim na hora do aperto. Sei que tenho de entrar para dar algo que está faltando ao time", afirma.
Na campanha neste Mundial, o Brasil já sofreu uma mudança. O meio-de-rede Rodrigão se machucou no começo do torneio e foi poupado. André Heller foi chamado e não saiu mais.
Mas no banco ainda existe espaço para brincadeiras, principalmente quando a partida está tranqüila. No Japão, no entanto, elas têm sido mais contidas. "Acabamos tendo de fazer as tarefas que o pessoal não gosta, como carregar a bola, arrumar o gelo. Mas os jogadores estão mais tranqüilos desta vez, talvez por estarem mais focados", observa Samuel.
Na TV: Brasil x EUA, às 2 horas (de amanhã), na Globo e Sportv.
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