Negociado pelo Atlético com o Al-Khor, o meia Fabrício embarca hoje para Doha com a intenção de ajudar o futebol do Catar a crescer. Quase cinco anos depois de chegar ao Rubro-Negro contando o empréstimo ao Brasiliense em 2004 , o jogador acredita que conseguiu dar a volta por cima depois de um começo difícil. No fim das contas, rendeu um bom dinheiro para o clube e passará a ganhar mais do que o dobro. Sem esquecer em Curitiba os CDs do Mução, humorista pernambucano que lhe rendeu o apelido pelo qual ficou conhecido no CT do Caju. Apelido É Mução. Por causa de um humorista lá do Recife que faz pegadinhas. O apelido pegou no Atlético quando ganhei uns CDs dele e queria ficar ouvindo o tempo inteiro.
Clube da infância Gostava do Cruzeiro porque meu pai (ex-jogador) passou pelo clube. Mas quando comecei a jogar no América-MG, virei americano de verdade.
Pontos positivos Acho que a capacidade de dar a volta por cima. Passei muitas dificuldades, mas sempre consegui me recuperar. Tecnicamente, a visão de jogo, finalizações e cobranças de falta.
Pontos fracos Nunca fui jogador de marcação. Nesse ponto, quem me ajudou bastante foi o Antônio Lopes, no ano passado. Ele me deixou no banco, conversou comigo e disse que só jogaria quando marcasse também.Eu jogo como... Sempre admirei o Zico. Agora quem gosto muito de ver jogar é o Alex (ex-Coritiba, Palmeiras e Cruzeiro, atualmente no Fenerbahçe-TUR) que tem uma qualidade acima da média. Melhor momento da carreira Foi no ano passado, quando o Atlético chegou à final da Libertadores. Era um time desacreditado, mas com força de vontade foi criando força. Coincidiu de eu estar numa fase legal e o time também.
Pior momento Nunca vou esquecer do pênalti que perdi (no segundo jogo decisivo da Libertadores contra o São Paulo). Também tive um início dificil no Atlético. Cheguei quando o time tinha acabado de ser campeão brasileiro e não esperava tanta cobrança. Hoje posso dizer que não estava preparado. Carreira Agora vou ter a oportunidade de jogar no Catar, um mercado emergente. Vários jogadores de nome tem ido para lá. Quero ser mais um a ajudar no crescimento do futebol no país. Em princípio quero ver como é. Se estiver gostando, posso até ficar mais tempo do que o meu contrato (de dois anos).
Melhor jogador que enfrentou O Mineiro (volante do São Paulo). É muito difícil jogar contra ele. Me marcou muito bem todas as vezes.
Melhor jogador com quem jogou O Kléber (ex-atacante atleticano, hoje no Necaxa-MEX). Me espelhava bastante nele porque sempre era muito cobrado e, quando isso acontecia, resolvia em campo.
Melhor elogio Quando comecei no futebol de salão, numa preliminar de um jogo profissional, teve um gol que dei um chapéu no zagueiro antes de marcar. Chegou um cara para mim e falou "Você tem futuro. Tem que colocar a cabeça pra frente, como um cavalo, e seguir adiante". Não lembro o nome dele, só que era um jogador da outra partida. Tinha uns 12 anos e isso me marcou muito. Se eu não fosse jogador de futebol... Para ser sincero, nem sei. Comecei muito cedo. Cheguei no América com 13 anos e nunca pensei em outra coisa.
Maior influência Meu pai (Jeremias) era jogador e sempre me apoiou. Meu irmão (Cristian) também jogava. Segui a carreira. Música Gosto muito de gospel. Pagode e pop-rock também. Se for para escolher um cantor preferido, acho que o Belo.
Carro Não sou aquele apaixonado por carros, mas gosto de ter e cuidar. Hoje tenho uma BMW que vou precisar vender. No meu contrato com o novo clube está escrito que vou ganhar uma caminhonete.
Em cinco anos eu pretendo estar... Espero ficar um bom tempo lá no Catar, antes de voltar e jogar num clube bom do Brasil. Daqui a cinco anos ainda terei 31, quer dizer, dá para continuar jogando por um tempo ainda.
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