Personagem
Bolinha motivará time, diz Lopes
Após 63 dias internado por causa de uma úlcera estomacal perfurada e uma infecção na região abdominal, Bolinha voltou para o CT do Caju, o que animou os jogadores e a comissão técnica atleticana. Não é à toa que o técnico Antônio Lopes acredita que a presença do massagista no dia a dia, mesmo ainda fora de combate, servirá como motivação para o confronto de amanhã com o Santos.
"Todo mundo gosta do Bolinha: jogadores, comissão técnica, direção. A própria torcida. Eu até falei isso para ele hoje [ontem], quando fui no quarto visitá-lo. Ele vai trazer sorte para a gente, os jogadores estão entusiasmados com a sua recuperação", conta o treinador.
"A presença dele aqui vai nos ajudar na motivação, no aspecto psicológico", aposta Lopes. "Vai nos fortalecer e nos trazer uma boa energia e uma boa sorte", complementa o volante Wendel.
O massagista foi recebido no centro de treinamento com faixas e cartazes de boas vindas dos funcionários. Com os olhos lacrimejados, agradeceu a todos. Bolinha seguirá o seu tratamento na casa rubro-negra, mas só voltará ao trabalho no ano que vem. (RM)
Desde o começo sem conseguir se firmar no Brasileiro e até na reta final brigando por uma posição digna.
Esta definição serve tanto para o Atlético que enfrenta o Santos amanhã, às 18 horas, em São Paulo quanto para o volante Wendel o substituto do suspenso Marcelo Oliveira e a principal novidade na equipe do técnico Antônio Lopes.
Ao chegar no mês de abril, emprestado pelo Palmeiras, o atleta foi aclamado pelo então técnico Adilson Batista. O argumento era que ele seria polivalente e poderia jogar no meio de campo e também na lateral direita.
Porém, durante toda a temporada, o jogador de 30 anos com passagem também pelo Santos (2008) acabou não conseguindo espaço em nenhuma das posições.
Neste Nacional foram 12 jogos, mas apenas quatro como titular. Nos oito confrontos restantes o volante ficou em média oito minutos em campo, sem contar os acréscimos das partidas. Um total de 424 minutos, sendo apenas o 25.º jogador atleticano com mais presença em campo no campeonato.
Como saiu do Alviverde paulista justamente para poder ser titular no Brasileirão, Wendel admite: amarga a zona de rebaixamento no CT do Caju.
"Decepção não, mas não estou satisfeito nem contente por não ter uma sequência maior. Agora, sempre estou buscando, motivado, e é por isso que o Lopes me escolheu desta vez. Pela minha aplicação", justifica.
O treinador que pode ainda perder o zagueiro Manoel, com dores musculares, na partida do Pacaembu (Fabrício já está de sobreaviso) aposta no apagado apoiador pela "força", "velocidade" e por ser "relativamente técnico".
Assim como o badalado elenco do Furacão, ele teria vários atributos, só não decolou a tempo de brilhar nesta temporada.
Após ver Deivid se tornar o insubstituível primeiro volante, Wendel teve de se contentar em disputar a posição de segundo marcador no meio com Renan Foguinho, Marcelo Oliveira e até Cléber Santana.
"Mas nunca deixei me abater", garante. Assim como o Atlético, que segue com chances de escapar da Segundona em 2012. Para isso, é bom ir bem contra o Santos. O mesmo vale para Wendel.
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