Reunião definiu últimos detalhes do projeto de mobilidade para Curitiba| Foto: Divulgação / Roberto Dumke - SECS

Foi concluído nesta sexta-feira (7) o projeto que prevê uma série de obras e construções necessárias para adequar Curitiba ao que prevê o Caderno de Encargos da Fifa para que a capital paranaense seja uma das sub-sedes da Copa do Mundo de 2014. O Comitê Executivo para Assuntos da Copa (CEAC) foi recebido por representantes da prefeitura, da Comec (Coordenação da Região Metropolitana) e do Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba).

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O encontro serviu para que algumas divergências entre "as partes" fossem resolvidas, para que no próximo dia 14 de novembro o CEAC vá a Brasília para atualizar a primeira proposta deixada na capital federal. O grupo pleiteia uma verba de R$ 401 milhões para obras de mobilidade para facilitar e até modernizar o acesso e o trânsito de pessoas durante o Mundial. Uma outra verba de R$ 200 milhões, vinda do PAC Mobilidade – destinada pelo governo à cidades sedes – seria usada para as obras.

As obras e modificações

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O foco principal das obras será o acesso de torcedores entre a rodoviária, o aeroporto e a Arena da Baixada. O presidente do Ippuc, Augusto Canto Neto, falou ao site da prefeitura sobre as mudanças. "Nós temos que melhorar principalmente os acessos e, para isso, temos que criar vias de ligação e implantar um sistema de ciclovias, que vai permitir às pessoas irem ao estádio, centro ou bairros de bicicleta".

Para melhorar o acesso ao Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba), o projeto sugere investimentos de R$ 12 milhões na Avenida Comendador Franco (Avenida das Torres) e R$ 20 milhões na Avenida Marechal Floriano Peixoto. Será construído um viaduto no cruzamento das ruas Coronel Francisco H. dos Santos e Henrique Mehl, além da duplicação do viaduto da Marechal no Boqueirão, na divisa com São José dos Pinhais.

Ao redor da Arena da Baixada, a Fifa exige algumas adaptações. Para isso deverão ser investidos R$ 60 milhões em pavimentações, ciclovias, paisagismo, calçadas e correções geométricas das ruas. Outros R$ 60 milhões serão investidos em um sistema integrado de mobilidade, que irá implantar o monitoramento por câmera e sensores do tráfego em terminais e vias urbanas.

Na Avenida Visconde de Guarapuava haverá uma grande ciclovia. R$ 6 milhões servirão para esta obra, que prevê pistas de rolamento nos dois lados da via atual. Outros R$ 5 milhões estão previstos para reformas e adaptações na Avenida Cândido de Abreu, que deverá ser utilizada por um ligeirão que ligará o Museu Oscar Niemeyer ao aeroporto. Outros R$ 5 milhões serão usados para melhorar o acesso à Rodoviária.

"Já apresentamos os projetos para aprovação. Agora, dependemos da Fifa. Se Curitiba for escolhida como uma das sedes, eu diria que a obtenção de recursos está resolvida", disse o secretário estadual do planejamento Ênio Verri. "Essa reunião serviu para definirmos esses ajustes que o Ippuc e a Comec reivindicavam. São pequenas modificações, que têm que ser resolvidas, mas pouco modificam a proposta original", explicou o vice-governador do Paraná, Orlando Pessuti.

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Região metropolitana também irá receber obras

Dos R$ 200 milhões previstos do PAC, metade será gasto em obras nas cidades vizinhas a Curitiba. O acesso de uma cidade a outra será melhorado e as ligações com a capital também.

A Comec propôs a criação de um anel viário entre as cidades da RMC. "É um projeto de 75 quilômetros, que contorna Curitiba e liga as vias radiais para que os motoristas evitem congestionamentos nas áreas centrais. Isso melhora o trânsito nas entradas para a cidade e controla o fluxo de veículos", disse o coordenador da Comec, Alcidino Bittencourt Pereira.