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A mais recente pendenga jurídica envolvendo o Campeonato Paranaense 2009 pode ter fim nesta quinta-feira, às 14h. É quando a Futpar se reúne na sede do J. Malucelli, em Curitiba, com todos os clubes vinculados à entidade, mais Coritiba e Federação Paranaense de Futebol (FPF), para tratar do polêmico artigo 9.º do regulamento, o qual gerou uma ação do Atlético Paranaense no dia 16 de fevereiro. O caso pode nem ir a julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

O polêmico artigo diz que "na segunda fase, as oito equipes classificadas se enfrentam em turno único, com mando de campo da equipe que teve melhor classificação geral na fase anterior".

Isto leva à interpretação do Furacão de que todos os sete jogos da próxima fase seriam na Arena da Baixada, caso o clube confirme o primeiro lugar nesta etapa do Paranaense. Contudo, a FPF entende de outra forma e divulgou uma tabela da segunda fase em que o primeiro colocado enfrenta o segundo, o quarto e oitavo fora de casa.

O caso já está nas mãos da procuradoria do STJD, que segue os trâmites normais e deve dar um parecer dentro do prazo legal. O julgamento poderia assim acontecer no próximo dia 26. "Recebemos a ação apenas na última sexta-feira, e antes de nos manifestarmos nós notificamos todos os clubes, por isso a demora. O artigo é muito aberto, não traz segurança e objetividade, e caberá uma análise interpretativa dos auditores", disse o procurador-geral Paulo Schmitt à Rádio CBN.

Mas o presidente da Futpar, Joel Malucelli, acredita que a questão pode ficar fora dos tribunais, se houver bom senso e acordo entre todas as partes. "O campeonato está sentado em uma bomba atômica. Tudo está indo bem, mas os clubes falharam ao não verem a redação do artigo 9.º. Se ele for mudado como o Atlético pleiteia, muitos clubes podem se negar a participar, até porque perderiam a arrecadação. Esperamos por um acordo para que o caso nem seja julgado", comentou.

Do lado atleticano, o diretor jurídico Diogo Fadel confirmou que a mudança da tabela da segunda fase, dando vantagem de mando de campo ao Furacão (caso fique em primeiro) contra o segundo, terceiro, quarto e quinto colocados, pode pôr fim à contestação judicial. "Se o consenso acontecer entre os clubes e a FPF, o Atlético retira a ação e sequer haverá julgamento". Se isto não ocorrer, a ação segue até o julgamento.

"Só o Atlético pode retirar o recurso. Um consenso da Futpar também deveria ter o aval da FPF, mas isto não invibializaria o julgamento", explicou Schmitt.

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