Invictos na praia
Duas duplas brasileiras garantiram de maneira invicta vaga às oitavas de final do vôlei de praia. Ontem, Pedro Cunha e Ricardo bateram os canadenses Joshua Binstock e Martin Reader por 2 sets a 0 (21/18 e 24/22), enquanto Juliana e Larissa passaram pelas tchecas Hajeckova e Klapalova por 2 sets a 0, (21/12 e 21/18). Hoje, às 6 da manhã, Alison e Emanuel enfrentam Lupo e Nicolai (ITA) e Talita e Maria Elisa duelam com Bawden e Palmer (AUS), às 13h30.
Jaqueline chegou à zona mista já com os olhos vermelhos. E brigou para segurar o choro durante as respostas aos jornalistas. A emoção da ponteira exprime o que foi a derrota do Brasil para a Coreia do Sul, por 3 sets a 0, ontem, parciais de 25/23, 25/21 e 25/21.
Até porque, ninguém encontrou resposta para um desempenho tão fraco das atuais campeãs olímpicas do vôlei feminino. "Não sei te explicar, cara. Desculpa de coração. É uma pergunta dura neste momento. Estou acabada", comentou Jaqueline, com a voz embargada.
A declaração de Paula Pequeno também evidenciou o clima pesado. "Por mais que a gente esteja muito triste, a gente também tem que ter carinho com o nosso time e pensar bem no que falar porque o campeonato continua. Nada está perdido."
O resultado deixa em risco a classificação da seleção. Com uma vitória e duas derrotas na competição a primeira foi para os Estados Unidos , o Brasil soma dois pontos, na quinta colocação do Grupo B. Os quatro melhores países avançam.
Os próximos jogos serão contra a China amanhã, às 5h30 (de Brasília) e a Sérvia, no domingo. Para escapar do vexame, o time verde e amarelo precisa triunfar nos dois confrontos e torcer contra a Turquia, atual quarta colocada.
Cenário ruim para uma equipe que errou muito diante das sul-coreanas. Com média de 15 bloqueios por partida, o Brasil só fez 8 pontos em rebatidas ontem à noite, no Earls Court. O ataque também não funcionou. De 110 tentativas, apenas 47 foram ao chão da quadra adversária. Paula Pequeno, por exemplo, anotou apenas um ponto, marcado em um bloqueio para comparar, a sul-coreana Yeon-Koung Kim fez 21.
No entanto, talvez mais do que o aspecto técnico, o treinador José Roberto Guimarães terá de recuperar o emocional das atletas. "Vamos ter de conversar sobre essa situação. E temos de reverter, não tem outro jeito", afirmou.
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