Escalada
Foram 16 anos fora da Olimpíada. E, nove jogos, oito vitórias e uma derrota, o Brasil conseguiu a vaga para Londres/2012, na disputa da Copa América, em Mar del Plata, na Argentina:
1ª fase
30/8 Venezuela O Brasil largou no Pré-Olímpico com vitória por 93 a 82. Nervosos, os brasileiros assumiram o comando só no último quarto. Tiago Splitter foi o cestinha (17 pontos).
31/8 Canadá Venceu por 69 a 57. Jogo equilibrado. A principal característica do Brasil foi o jogo coletivo.
2/9 República Dominicana Única derrota na trajetória. Perdeu o jogo por 79 a 74 e a liderança do Grupo A. O algoz brasileiro foi Horford, que anotou 22 pontos.
3/9 Cuba O jogo era somente para cumprir tabela, mas os brasileiros chegaram a ter problemas para chegar aos 93 a 83. O jogo deu ritmo aos jogadores do banco. Vitor Benite fez 19 pontos e foi o cestinha.
2ª fase
5/9 Uruguai Foi o placar mais amplo do Brasil no Pré-Olímpico, vitória por 93 a 66. As qualidades do time de Magnano foram a forte marcação e o bom aproveitamento dos erros do adversário.
6/9 Panamá A vitória por 90 a 65 garantiu ao Brasil a classificação antecipada para a semifinal. Magnano arriscou nova armação do time, que começou mal, mas se recuperou com a volta de Alex.
7/9 Argentina No dia em que completou um ano que os hermanos eliminaram o Brasil no Mundial, os brasileiros deram o troco, ao vencerem a única invicta do pré-olímpico em sua casa, por 73 a 71.
8/9 Porto Rico Depois de cinco anos, o Brasil voltou a vencer os porto-riquenhos (94 a 72). O lateral Marquinhos Sousa, com 18 pontos, foi o maior pontuador.
Semi-final
10/9 República Dominicana Na revanche, o Brasil só abriu folga no placar no terceiro quarto, na partida em que Marcelinho Machado fez 20 pontos. Venceu por 83 a 76, garantindo a vaga.
Final é sempre tensa, ainda mais quando envolve Brasil e Argentina, certo? Nem sempre. Ontem, os argentinos levaram a melhor e ficaram com o título da Copa América de Basquete Masculino ao vencer os brasileiros por 80 a 75, em Mar del Plata.
Como o principal objetivo das duas seleções a vaga na Olimpíada de Londres, em 2012 já havia sido conquistado no sábado, a decisão no ginásio Islas Malvinas começou com um clima menos tenso do que a ocasião exigiria. Mas não por isso menos emocionante.
Nas semifinais, um dia antes, os brasileiros eliminaram a República Dominicana, e os argentinos Porto Rico. Quebrado o jejum de 16 anos sem participar de uma edição de Jogos Olímpicos, o time nacional comemorou madrugada adentro e cumpriu a promessa feita no início da competição: os jogadores cortaram os cabelos no estilo moicano. Fugiram do acordo apenas Marcelinho Machado, Guilherme Giovannoni e Marquinhos.
Do lado argentino, havia o compromisso de se redimir com a torcida: a única derrota que teve durante toda a Copa América foi para o Brasil (73 a 71) na fase de grupos.
O Brasil chegou a ficar na frente do placar no tempo final, mas os hermanos se aproveitaram do nervosismo rival para reverter o placar. Os destaques, pelo lado argentino, foram o pivô Luis Scola, com 32 pontos e o ala-armador Manu Ginóbili foi o MVP do campeonato.
Para o time comandado pelo argentino Rubén Magnano, agora, é pensar no futuro, celebrando boas notícias, como a afirmação do pivô Tiago Splitter e do armador Marcelo Huertas. Ambos são destaques da escola espanhola do basquete, em que primar pela defesa é fundamental, e tiveram papel importante na consolidação do sistema de marcação imposto pelo técnico Rubén Magnano, um argentino que atravessou a fronteira.
Agora, o foco é a Olimpíada, que servirá como rito de passagem para a seleção, que mescla uma geração de "trintões" que conviveu com um jejum de três ciclos olímpicos com atletas mais jovens, a renovação necessária para o Rio-2016. "Será histórico poder encerrar a trajetória na seleção com a Olimpíada", disse o ala Alex, 30 anos.
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