• Carregando...
Marcelinho Huertas tenta parar Fabricio Oberto (de azul): rivalidade e emoção até o último segundo da final contra a Argentina | Maxi Failla/AFP
Marcelinho Huertas tenta parar Fabricio Oberto (de azul): rivalidade e emoção até o último segundo da final contra a Argentina| Foto: Maxi Failla/AFP

Escalada

Foram 16 anos fora da Olimpíada. E, nove jogos, oito vitórias e uma derrota, o Brasil conseguiu a vaga para Londres/2012, na disputa da Copa América, em Mar del Plata, na Argentina:

1ª fase

30/8 – Venezuela – O Brasil largou no Pré-Olímpico com vitória por 93 a 82. Nervosos, os brasileiros assumiram o comando só no último quarto. Tiago Splitter foi o cestinha (17 pontos).

31/8 – Canadá – Venceu por 69 a 57. Jogo equilibrado. A principal característica do Brasil foi o jogo coletivo.

2/9 – República Dominicana – Única derrota na trajetória. Perdeu o jogo por 79 a 74 e a liderança do Grupo A. O algoz brasileiro foi Horford, que anotou 22 pontos.

3/9 – Cuba – O jogo era somente para cumprir tabela, mas os brasileiros chegaram a ter problemas para chegar aos 93 a 83. O jogo deu ritmo aos jogadores do banco. Vitor Benite fez 19 pontos e foi o cestinha.

2ª fase

5/9 – Uruguai – Foi o placar mais amplo do Brasil no Pré-Olímpico, vitória por 93 a 66. As qualidades do time de Magnano foram a forte marcação e o bom aproveitamento dos erros do adversário.

6/9 – Panamá – A vitória por 90 a 65 garantiu ao Brasil a classificação antecipada para a semifinal. Magnano arriscou nova armação do time, que começou mal, mas se recuperou com a volta de Alex.

7/9 – Argentina – No dia em que completou um ano que os hermanos eliminaram o Brasil no Mundial, os brasileiros deram o troco, ao vencerem a única invicta do pré-olímpico em sua casa, por 73 a 71.

8/9 – Porto Rico – Depois de cinco anos, o Brasil voltou a vencer os porto-riquenhos (94 a 72). O lateral Marquinhos Sousa, com 18 pontos, foi o maior pontuador.

Semi-final

10/9 – República Dominicana – Na revanche, o Brasil só abriu folga no placar no terceiro quarto, na partida em que Marcelinho Machado fez 20 pontos. Venceu por 83 a 76, garantindo a vaga.

Final é sempre tensa, ainda mais quando envolve Brasil e Argentina, certo? Nem sempre. Ontem, os argentinos levaram a melhor e ficaram com o título da Copa América de Basquete Masculino ao vencer os brasileiros por 80 a 75, em Mar del Plata.

Como o principal objetivo das duas seleções – a vaga na Olimpíada de Londres, em 2012 – já havia sido conquistado no sábado, a decisão no ginásio Islas Malvinas começou com um clima menos tenso do que a ocasião exigiria. Mas não por isso menos emocionante.

Nas semifinais, um dia antes, os brasileiros eliminaram a República Dominicana, e os argentinos Porto Rico. Quebrado o jejum de 16 anos sem participar de uma edição de Jogos Olímpicos, o time nacional comemorou madrugada adentro e cumpriu a promessa feita no início da competição: os jogadores cortaram os cabelos no estilo moicano. Fugiram do acordo apenas Mar­­celinho Machado, Guilherme Gio­­van­­noni e Marquinhos.

Do lado argentino, havia o compromisso de se redimir com a torcida: a única derrota que teve durante toda a Copa América foi para o Brasil (73 a 71) na fase de grupos.

O Brasil chegou a ficar na frente do placar no tempo final, mas os hermanos se aproveitaram do nervosismo rival para reverter o placar. Os destaques, pelo lado argentino, foram o pivô Luis Scola, com 32 pontos e o ala-armador Manu Ginóbili foi o MVP do campeonato.

Para o time comandado pelo argentino Rubén Magnano, agora, é pensar no futuro, celebrando boas notícias, como a afirmação do pivô Tiago Splitter e do armador Marcelo Huertas. Ambos são destaques da escola espanhola do basquete, em que primar pela defesa é fundamental, e tiveram papel importante na consolidação do sistema de marcação imposto pelo técnico Rubén Magnano, um argentino que atravessou a fronteira.

Agora, o foco é a Olimpíada, que servirá como rito de passagem para a seleção, que mescla uma geração de "trintões" – que conviveu com um jejum de três ciclos olímpicos – com atletas mais jovens, a renovação ne­­cessária para o Rio-2016. "Será histórico poder encerrar a trajetória na seleção com a Olim­­píada", disse o ala Alex, 30 anos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]