O Paraná começou 2009 com um elenco renovado. Foram 15 contratações e 32 jogadores deixando o clube. Tudo para chegar ao principal compromisso do ano a disputa da Segunda Divisão com um time forte e bem entrosado. Mas, antes, o Estadual. E o discurso de comissão técnica e jogadores é o mesmo: é preciso um bom resultado no Paranaense para começar bem a Segundona.
O maestro responsável não só pela afinação no discurso, mas por toda a formação da atual equipe é o técnico Paulo Comelli. Depois de afastar o Tricolor do risco de queda à Terceira Divisão, ganhou autonomia garantida em contrato para contratar e dispensar.
O elenco renovado em busca do título que não vem desde 2006 pode reforçar um tabu: o de o Paraná ser o campeão absoluto quando a disputa do Estadual não tem uma partida final. De seus sete títulos, quatro foram conquistados dessa forma. Este ano, o campeão será definido em um octogonal. Sem final.
Em 1991, um gol de Ednélson contra o Coritiba deu ao Tricolor o primeiro título de sua história, na última rodada do torneio disputado por pontos corridos. Três capítulos do pentacampeonato também foram escritos em campeonatos sem uma decisão: 93, 94 e 97.
Neste último, outra coincidência. O campeonato foi decidido em um octogonal, como será neste ano (a diferença é que em 97 foram dois turnos). A exemplo de agora, o regulamento também previa a distribuição de pontos extras para os melhores times das fase anteriores. O Paraná tirou a bonificação dupla do Atlético e a simples do Coritiba para dar a volta olímpica.
Para engrossar o histórico positivo, vale lembrar que o Pinheiros, clube que se uniu ao Colorado para formar o Paraná, conquistou seus dois títulos na elite estadual em competições sem finais: um quadrangular em 1984 e o hexagonal em 87.
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